Na próxima semana, dias 30 (22h30) e 31 (20h), o palco do Blue Note, em São Paulo, receberá a estreia do show “Eu & Elas”, em que o cantor e compositor Orlando Morais se apresenta ao lado da enteada Cléo Pires e das filhas Anttónia e Ana. O quarteto tem um histórico artístico extenso e notório, tanto na vida pública quanto na privada. O encontro das vozes é comum nas interações familiares há anos e evoluiu naturalmente para um projeto maior. “Eu & Elas” coloca Orlando Morais como condutor das três vozes femininas de gerações diferentes cantando grandes sucessos de sua carreira, da MPB, além de faixas inéditas e autorais dele e das filhas.
Dentre os sucessos de Orlando Morais, o público pode esperar novas versões de “Cruzando Raios”, abertura da Novela “Anjo Mau” (1997), “Na Paz”, “Tanto Faz” e “Vem Não Vem”. Anttónia contribui com a bossinha autoral, “Manhãs”, presente na setlist ao lado de “Olhe o Céu”, de Ana Morais, e de “Todo Mundo Que Amei Já Me Fez Chorar” de Cleo. Além das surpresas e faixas autorais, “Sonho Meu”, de Dona Ivone Lara e “Pessoa”, de Marina Lima são algumas das releituras que o espetáculo traz. O grupo se apresenta acompanhado de uma banda de Brasília, onde a família passa boa parte do tempo e onde aconteceram muitos dos encontros musicais. No palco, estarão Lucas Carvalho na guitarra e direção musical, Gregoree Júnior no teclado, Marquinhos dos Santos na bateria e Rafael de Sousa no Contrabaixo.
A espontaneidade do quarteto foi exposta ao público primeiro pelas redes sociais. A recepção das postagens foi tão positiva que pai e filhas se sentiram incentivados a compartilhar mais músicas e intensificar os ensaios. No Instagram, a conta do projeto “Eu & Elas” já acumula mais de 90 mil seguidores e os vídeos somam mais de 10 milhões de visualizações. A paixão dos quatro entrou em sintonia e resultou na ideia de levar tudo isso aos palcos. “Esse grupo não tem líder, é todo mundo à vontade. Eu falo sempre que quero que meus filhos sejam eles e coloquem o que estão sentindo para fora e eu ajudo a organizar. Para mim, foi um sonho, porque cantamos desde que elas eram crianças. Sempre passei para elas que não interessa o tamanho, a proporção que vai tomar, isso não nos pertence. Ninguém nasce sabendo, vamos aprender juntos, eu tenho esse tempo a dar, mas preciso que me deem a vontade da gente crescer. E eu aprendo muito com elas. Eu não sou saudosista. É o novo mundo, aprendo com a rapidez de conclusões, com as músicas que elas me apresentam”, diz Orlando.
“A gente sempre cantou e compôs junto. Meu pai sentava no piano, começava a compor e mostrava para a gente. Foi só uma decisão de começar a compartilhar isso com as pessoas. Sinto que quem acompanha adora me ver com a minha família e é uma forma de trazer alegria para quem segue e gosta da gente. Também é uma forma de estarmos mais juntos, cantar, modular as vozes para elas se encaixarem. É uma delícia, uma grande diversão em família. Dá trabalho, mas é sempre incrível”, completa Cléo, que planeja levar o show com os familiares a outras praças do país.