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Áudio-SP recebe em maio novo show da BaianaSystem

Com 15 anos de existência e vários prêmios no currículo (entre eles o Latin GRAMMY, em 2019, pelo álbum “OK, OK, OK” — a banda BaianaSystem se mantém cobaia do próprio laboratório de metamorfoses ambulantes nos palcos mundo afora. Nos dias 3 e 4 de maio, o coletivo leva ao espaço de shows Áudio, em São Paulo, uma experimentação fruto deste processo: “Nossa cultura em primeiro lugar” é o mote do espetáculo, que sucede “Sambaqui Show” e vem sendo construído com imagens sonoras que fazem uma fusão de afro rock, mas sem um rótulo definido.

“Esse formato tem como combustível o naipe de sopros, os artistas visuais convidados, a calma que tivemos para pensar uma junção das coisas que a gente vem experimentando nos últimos shows e nas próprias apresentações no Navio Pirata. São Paulo é e sempre foi esse lugar onde a gente consegue experimentar, onde a gente tem um público muito diverso. Fora de Salvador foi o local onde a gente conseguiu se comunicar com o público de uma maneira mais frequente”, avalia Roberto Barreto, guitarrista. Para os shows da Audio o Baiana acrescenta à sua formação tradicional um naipe de sopros, com Sidmar Vieira (trompete), Mayara Almeida (sax tenor) e DougBone (trombone).

“A gente se sente em casa e consegue apresentar o espetáculo de uma maneira muito própria. A ideia de ‘Nossa cultura em primeiro lugar’ acaba tendo essa força de mostrar a cultura que vem de muitas formas, na diversidade do próprio Baiana. Essa cultura é o que acaba nos unindo e nos sustentando e nesse momento traduz muito do nosso espetáculo”, diz Roberto. 

Pensando o folclore como conjunto de manifestações da cultura popular típicas de um determinado povo, o Baiana vai se guiar pelos seus personagens, buscando uma troca de experiências para além das lendas brasileiras já enraizadas e lapidando o próprio show na medida em que ele viaja o Brasil e o mundo. A ideia carrega ainda uma reverência ao disco “Além das Lendas Brasileiras”, do grupo Terreno Baldio, lançado em 1977 com versões de temas do folclore nacional. “Este álbum foi relançado e se conecta com ‘Nossa cultura em primeiro lugar’. Queremos dar continuidade a essa ideia, assim como ‘Cantata para Alagamar’ foi o disco que pesquisamos para formatar o Sulamericano Show”, fala Russo Passapusso, vocalista. 

Nas artes visuais e projeções, Filipe Cartaxo, à frente de toda a estética visual do Baiana, se junta aos artistas Core, baiano, e Fluxo Marginal, do Ceará. “São artistas que têm na sua linguagem essa ideia do local global, que é o mesmo mote de ‘Nossa cultura em primeiro lugar’. Artistas que de alguma forma estão enraizados nos seus locais de origem mas com simbologias que conectam universalmente do local para o global”, conta Cartaxo. 

Completam o time no palco Russo Passapusso (voz), Claudia Manzo (voz), Roberto Barreto (guitarra baiana), SekoBass (baixo), João Meirelles (beats, synths e programações), Junix 11 (guitarra), maestro Ubiratan Marques (piano e synths) e Ícaro Sá (percussão). 

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