
Point tanto de shows cult quanto experimentais, a Casa Natura Musical, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, encerra 2025 com resultados inéditos e uma programação que consolida o espaço como um dos principais palcos da música brasileira contemporânea. Foram 161 shows ao longo do ano, um crescimento de 23% em relação ao ano anterior, com mais de 80 mil ingressos vendidos a um ticket médio de R$ 90.
Ao todo, segundo comunicado, 107 mil pessoas passaram pela Casa, entre shows e eventos corporativos. Cerca de 40 mil pessoas estiveram na Casa pela primeira vez e mais de sete mil assistiram a shows mais de uma vez no ano, demonstrando a fidelização do público e a força da curadoria. O espaço recebeu apresentações de nomes como Melly junto a Liniker e Russo Passapusso, Duquesa, Jorge Aragão, Luedji Luna, Alaíde Costa e Mateus Aleluia, além de shows históricos como a estreia nacional da turnê “Dominguinho”, com João Gomes, Jotapê, Mestrinho, os 50 anos de carreira de Leci Brandão, a turnê de Ebony, o show de AJULIACOSTA e o de Marina Lima (“Rota 69”) em duas apresentações.
“A gestão da cultura é desafiadora em qualquer contexto. Somos responsáveis por 3,5% do PIB no nosso país e somos essencialmente artesanais. Fazer cultura é uma tarefa humana, se a gente perde o olhar, o cuidado e para de ouvir as pessoas, o setor para de funcionar. Então nosso desafio é conseguir realizar grandes projetos como a Casa Natura Musical sem perder esse fator essencial”, conta Suyanne Keidel, diretora executiva da Casa Natura Musical.

O espaço reafirma seu compromisso com a diversidade. “A curadoria se consolida como uma das principais referências do país, unindo artistas consagrados com nomes independentes e estreantes, descentralizando a programação do eixo Rio–São Paulo e mapeando tendências da cena nacional contemporânea, como Mariene de Castro, Don L e Los Sebosos Postizos”, diz o comunicado. Nomes indicados ao GRAMMY Latino, como Zé Ibarra, Júlia Mestre, Deekapz, Joyce Alane e Maria Beraldo, reforçaram a força criativa da casa ao longo do ano. Artistas como Getúlio Abelha, contemplado pelo edital Natura Musical 25|26, e Chico Chico, um dos destaques da nova MPB, também reforçaram a relação entre território, público e renovação artística.

