
O Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, em Belo Horizonte, recebe nos dias 2 e 3 de maio, às 20h30, um concerto especial reunindo o baiano Carlinhos Brown e a Orquestra Ouro Preto, conhecida por encabeçar vários projetos envolvendo o sinfônico e o popular. Com regência do Maestro Rodrigo Toffolo, diretor artístico e regente titular da Orquestra Ouro Preto, o concerto passeia pela obra de Brown, ressaltando toda sua grandiosidade e exuberância musical. Nessa união singular, cabem o berimbau, a percussão e os metais, que se apresentam em total harmonia com os violinos e violoncelos.
Carlinhos Brown, nascido em 1962 no bairro do Candeal Pequeno em Salvador, Bahia, é um artista ímpar que se destaca como um dos mais criativos e inovadores do cenário musical brasileiro. Brown coleciona sucessos e reconhecimento por sua vasta obra e impacto cultural. Sua sensibilidade e talento para criar letras poéticas e melodias marcantes renderam a ele parcerias com grandes nomes da MPB, como Maria Bethânia, Gal Costa, Caetano Veloso, Marisa Monte, Nando Reis, Cássia Eller e Herbert Vianna. Suas composições também conquistaram a banda Sepultura, demonstrando a versatilidade e o alcance de sua obra.

O repertório do concerto busca contemplar todas essas várias facetas de Brown, reunindo alguns de seus maiores sucessos, incluindo os hits “Amor I Love You“, “Já Sei Namorar” e “Vilarejo”, gravadas com o grupo Tribalistas, ao lado de Marisa Monte e Arnaldo Antunes. Além dessas canções, outras pérolas do cancioneiro de Brown integram o setlist, entre elas “Maria de Verdade”, “Segue o Seco”, “ECT” e as dançantes “Quixabeira” e “A Namorada”, que ganham novos arranjos assinados por Paulo Malheiros.
O norte para a escolha das canções que integram o concerto, segundo o Maestro Rodrigo Toffolo, partiu da proposta de explicitar o caráter compositor do artista, revelando ao público também pérolas que ficaram famosas na voz de outros artistas e que têm a assinatura de Brown. “O desafio é sempre a brasilidade e, no caso de Carlinhos, a baianidade e os ritmos afro-brasileiros que ele trabalha. Acho um deleite mesclar essas duas áreas, criando um caldeirão multicultural. Todos saem ganhando, e o público terá um espetáculo de alto nível e belíssimo, com a energia lá no alto, como é peculiar na presença de Brown”, garante o maestro.
Criador da orquestra de percussão Timbalada, o cantor e compositor destaca a importância de trabalhar em coletivo e encontrar um ponto harmônico nas canções. “Para mim, clássico é tudo que perdura no inconsciente coletivo, e a Orquestra Ouro Preto se encontra nesse lugar tão tradicional quanto moderna”, enfatiza Brown.