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“Cria de Caxias”, o novo e diferente disco de Pocah

“Cria de Caxias” é o título do novo disco da funkeira Pocah, que marca um momento significativo na carreira de 14 anos da artista nascida na Baixada Fluminense.

Chegando aos 30 anos de idade, Pocah explica que este não é apenas um álbum, mas um projeto biográfico e conceitual que resgata suas raízes em Duque de Caxias, onde cresceu e encontrou inspiração. O título reflete essa conexão profunda com suas origens, trazendo à tona a pluralidade de sua identidade como artista. “Demorei para fazer esse disco, mas a espera valeu a pena”, comenta a cantora. “Aqui, entrego um trabalho completo e que representa quem eu sou e todas as fases que vivi. Nesse trabalho, o público vai conhecer histórias já contadas e outras guardadas a sete chaves – não só pela minha voz, mas pela minha arte.”

O álbum é dividido em três atos distintos e cada um representa uma fase da vida e da carreira de Pocah. No primeiro ato, “MC Pocahontas”, Pocah revisita o início de sua carreira, quando se destacou como funkeira em Duque de Caxias. Este bloco inclui faixas como “Só de Raiva” (colaboração com Rebecca e Tati Quebra Barraco), que evoca a energia dos primeiros bailes de funk onde a artista se apresentava. “Assanhadinha” é outro destaque. Sucesso viral de 2023, ao lado do funkeiro caxiense MC Durrony, o single biográfico de Pocah sobre as madrugadas no Baile da RQ, já acumula mais de 15 milhões de plays nas plataformas.

O segundo ato, “Pocah”, simboliza a transição da artista para uma fase mais ousada e experimental, onde ela explora novos gêneros musicais e adota uma postura pop sem abandonar suas raízes no funk. Um dos destaques é a faixa-título “Cria de Caxias”, em parceria com a rapper Slipmami, que é um hino da cultura periférica. Outro é “Venenosa”, parceria com Triz e MC Gw (clipe acima), também já é conhecida do público — em menos de uma semana, se tornou umas das músicas mais reproduzidas de Pocah nas redes sociais.

No terceiro e último ato, “Viviane”, Pocah revela uma face mais íntima e emocional. Em um tom mais vulnerável, ela aborda temas pessoais, traumas e batalhas em faixas como “Livramento”, uma balada poderosa que fala sobre a experiência dela em um relacionamento abusivo e como sua fé se fez presente naquele momento. Na música, a voz de Pocah é acompanhada por um corpo de cordas orquestrais. Em “Nunca Tá Bom”, ao som de um violão, ela reflete sobre as pressões externas em sua vida e carreira. O álbum fecha com a faixa “Vitória”, uma música emotiva em que ela canta ao lado de sua filha, que tem o mesmo nome, celebrando a maternidade como uma de suas maiores conquistas e a grande força que a manteve firme em sua trajetória. O disco foi produzido pelo DJ TH4I.

“Cria De Caxias” marca o início de uma narrativa visual e performática que ganhará vida através de visualizers em todas as faixas e culminará em um show especial da cantora no Rock in Rio, no dia 20 de setembro, no palco Espaço Favela.

Ouça “Cria de Caxias”, o novo álbum de Pocah:

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