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Data SIM vai mapear mercado musical da capital paulista

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Denominado Data SIM, o núcleo de pesquisa e organização de dados e informações sobre o mercado de música no Brasil deu início à sua primeira ação, que visa desenhar um perfil geral do mercado da música na cidade de São Paulo. O estudo, cujo resultado será divulgado em 2019, tem patrocínio da Natura Musical e está sendo feito em parceria com a JLeiva Cultura & Esportes, empresa responsável por várias pesquisas sobre cultura em nosso país.

Para traçar este panorama, o Data SIM fez um mapeamento dos principais agentes articuladores de novos negócios da cidade, além de um levantamento de dados sobre o mercado ao vivo (casas, espaços para shows, festivais, festas, coletivos, etc.). “Para se fortalecerem, as indústrias criativas precisam se conhecer melhor, precisam ter uma visão mais clara de sua força conjunta, de sua diversidade. E também dos desafios que têm pela frente. O mapeamento vai nessa direção”, diz João Leiva, diretor da JLeiva Cultura & Esportes.

A investigação envolve centenas de estabelecimentos de pequeno, médio e grande portes, que estão respondendo a um questionário com mais de 60 perguntas. O questionário pretende levantar informações sobre como se estruturam as casas noturnas e espaços de música ao vivo, e também quais suas principais dificuldades.

“Os países melhores posicionados na economia criativa (Reino Unido, Austrália, além do bloco europeu) entenderam que a música é um ativo importantíssimo no fluxo internacional de bens e serviços. Todos realizaram pesquisas para uma melhor compreensão do valor econômico e cultural da música. E as conclusões são interessantes”, comenta Dani Ribas, diretora de pesquisa do Data SIM. “No caso de Londres, um estudo sobre a noite da cidade mensurou o risco econômico em cascata que o fechamento de casas noturnas traria à economia local. O risco não é apenas para bares, casas noturnas e artistas. O risco incidiria sobre a economia do turismo, nos setores de restaurantes, cinemas, teatros, transportes, hotéis e serviços em geral. Ou seja, há uma cadeia produtiva importante que perde muito com o fechamento de venues ou lugares dedicados à música ao vivo”.

Idealizado pela Semana Internacional de Música de São Paulo (cuja edição deste ano acontece entre 5 e 9 de dezembro), o Data SIM busca atingir resultados semelhantes aos alcançados em outras capitais do mundo.  “O objetivo é tentar fazer o poder público, finalmente, enxergar o setor como uma grande indústria, que dá mais ao país do que recebe e que, por isso, deve ser apoiada”, diz Fabiana Batistela, diretora da SIM São Paulo.

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