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Rosa Passos recebe o Troféu Tradições, em evento na Casa UBC

Fotos de Raphael Urias

Criado em 2021 pela União Brasileira de Compositores (UBC), o Troféu Tradições celebra artistas que marcaram a história da música brasileira. Nas edições anteriores, foram homenageadas as cantoras/compositoras Anastácia, Dona Onete, Lia de Itamaracá e Alaíde Costa.

Na noite de segunda-feira, dia 9, foi a vez da associação de autores homenagear a cantora e compositora Rosa Passos na edição 2025 da premiação. Realizada na Casa UBC, no Rio de Janeiro, a cerimônia foi aberta pelo CEO Marcelo Castello Branco, que destacou a importância da artista no cenário: “Desde a sua criação, a UBC tem honrado figuras femininas de destaque em nosso cenário, lembrando as suas sonoridades brasileiríssimas e atemporais. Rosa Passos, cantora, compositora e violonista, representa com sua voz sutil e violão preciso a sofisticação e a delicadeza da música brasileira. A Rosa era um flerte do Tradições há dois, três anos, a gente se aproximou e viabilizou a homenagem este ano, que pela primeira vez está sendo feito na nova Casa UBC”.

Participaram da entrega a cantora, compositora e presidenta da UBC Paula Lima, além de Fernanda Takai, cantora, compositora, multi-instrumentista e diretora da UBC. “Hoje a gente tem a honra de homenagear uma das mulheres mais icônicas da música popular brasileira. Eu falei para ela que caiu uma lágrima no avião, quando eu estava vindo para cá, pensando nesta existência. Rosa construiu uma trajetória guiada pelo talento e pela sensibilidade. Discípula de João Gilberto, aprendeu com ele a importância da sutileza e criou sua própria linguagem, feita de silêncio, espaço e emoção. Sua voz é colo, seu violão respiro. Sua música é um encontro íntimo, uma conversa sussurrada que atravessa gerações e fronteiras”, disse Paula.

Emocionada, Rosa Passos subiu ao palco e, antes de iniciar a apresentação do show “Suíte Brasileira” , voltada a uma plateia formada por profissionais do mercado da música, agradeceu a homenagem: “Eu costumo dizer que sou uma missionária da música, eu pedi a Deus para vir cantando nesta encarnação. E eu sempre digo que a música é uma entidade, ela não escolhe qualquer um, quando ela escolhe a gente, a responsabilidade é maior porque o nosso compromisso é com ela. De representá-la e através dela a fazer a música do coração, passar paz e amor com o nosso canto para as pessoas que nos ouvem, e é isso que eu faço. Esse momento para mim tem sido muito importante porque é a prova, é o resultado que eu estou no caminho certo, no caminho da verdade da música, e eu só tenho a agradecer”.

Acompanhada pelos músicos Lula Galvão (violão), Jorge Helder (baixo), Celso Almeida (bateria), Marco Brito (piano) e Lucas Andrade (clarineta), Rosa cantou, tocou e encantou o público, interpretando canções como “Abajur Lilás” (delas, Ivan Lins e Fernando de Oliveira), “Amanhã Vai Ser Verão” (composta em parceria com Marcelo Piso), “Você Já Foi a Bahia?” (de Dorival Caymmi) e “Serrado” (de Djavan), entre outras.

A cantora ainda recebeu novamente no palco Paula Lima para um dueto em “Juras”, e Fernanda Takai, dividindo os vocais em “Dunas”. A terceira convidada da noite foi Vanessa Moreno, considerada por Rosa como sua afilhada musical, que cantou com a homenageada a canção “Verão”.


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