
Os irmãos Edson e Hudson estão com novidades. Eles apresentam na noite desta quinta-feira (26) o álbum “Modão É Sempre Modão”, o primeiro da dupla desde 2023. No novo projeto, os Irmãos Cadorini mergulham fundo em uma espécie de baú de recordações, com releituras próprias para obras de nomes como Rolando Boldrin, Milionário e José Rico, Chitãozinho e Xororó e Trio Parada Dura.
“Fizemos um projeto maravilhoso, uma homenagem singela à autêntica música sertaneja. Resgatamos canções que não somente foram sucesso no passado, mas fizeram parte da nossa vida. Canções que nos foram apresentadas por nosso pai, na nossa infância, e que ganharam interpretações verdadeiras neste trabalho”, conta Hudson. “Há tempos somos cobrados por nosso público, que nos pedia por um novo projeto de modão. E, agora, finalmente, entregamos este álbum, emocionante, que resgata as nossas origens e assim podemos representar bem a música sertaneja”, completa Edson.
Rico em standards que abordam temas como a saudade e a vida no campo, o trabalho teve sua primeira amostra disponibilizada ao público no último dia 5, quando o single “Pinga Ni Mim” chegou às plataformas de streaming. Escrita por Elias Filho e nacionalmente conhecida pela voz de Sérgio Reis, a música, cantada pela dupla desde a infância — quando ainda eram chamados de Pep e Pup –, ganhou uma emocionante e nostálgica versão, bem ao estilo modão.

“Sua letra fala sobre o que vivíamos, afinal, nossa casa era cheia de goteiras e precisávamos trocar as camas de lugar para fugir delas”, conta Edson. “Ela também nos remete aos tempos de circo, onde crescemos, nos desenvolvemos artisticamente e vimos de perto boa parte dos nossos ídolos, que, embora muita gente não saiba, iniciaram a carreira sob uma lona”, completa Hudson, referindo-se à época em que faziam do picadeiro o palco de suas vidas.
Além do sucesso de Sergio Reis, o repertório contem outras pérolas, como, por exemplo, “Merceditas” (sucesso de Belmonte e Amaraí), que também tem enorme importância na história da dupla. “Chegamos em Limeira sem um tostão no bolso. Duros, ferrados, participamos de um concurso com mais de 30 concorrentes na vizinha cidade de Americana e vencemos cantando justamente essa música. Foi ela que nos salvou! Ganhamos um bom prêmio em dinheiro e um belo par de violões”, recorda-se Edson.
E os tributos ao passado não param por aí. “Fogão de Lenha”, do cancioneiro de Chitão e Xororó; “Homem de Pedra” e “Sonho Por Sonho”, sucessos do Trio Parada Dura que retratam o cotidiano do homem simples e trabalhador do interior, se juntam a outros modões conhecidos, como “Galopeira”, “Pagode em Brasília” e “Empreitada Perigosa” (as duas últimas, imortalizadas nas vozes de Tião Carrero e Pardinho). Gravado num sítio, no interior paulista, o álbum, cuja produção é assinada por Hudson, reúne 23 faixas.
Álbum “Modão é Sempre Modão”, ouça aqui