
A banda Paralamas do Sucesso é a grande atração do BeFly Hall (Antigo Arena Hall), em Belo Horizonte, dias 29 e 30 deste mês. O trio formado por Herbert Vianna (guitarra e voz), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria) leva à capital mineira a turnê “Paralamas Clássicos – 40 anos”, que reúne os principais hits da carreira, e que há três anos vem viajando pelo país, com apresentações em grandes arenas e estádios. Antes de Belo Horizonte, os Paralamas, neste mês, tem shows agendados em Campo Grande (dia 16), Mogi Mirim/SP (22) e Três Lagoas/MS (24).
Com quase quatro décadas de história, 27 discos lançados, dezenas de sucessos e incontáveis shows pelo Brasil e pelo mundo, O Paralamas do Sucesso segue na estrada, influenciando novas gerações e arrebatando plateias de todas as idades. O setlist da turnê mostra que o trio olha para a própria história sob o filtro dos sucessos absolutos. No palco junto com eles, estão os três músicos que acompanham a banda há décadas: João Fera (teclados), Monteiro Jr. (saxofone) e Bidu Cordeiro (trombone).
A banda selecionou 33 faixas que sobrevoam as quase quatro décadas de carreira, numa viagem que começa pelo disco de estreia, “Cinema Mudo” (1983), e passa pelo mais recente álbum, “Sinais do Sim” (2017). No repertório estão canções políticas que ajudam a entender a história recente do Brasil: “Alagados” (vídeo abaixo), “O Beco”, “Perplexo”, “O Calibre”. Também não faltam músicas que cantam o amor em suas mais diversas facetas, como “Meu Erro”, “Lanterna dos Afogados”, “Aonde Quer Que Eu Vá”, “Seguindo Estrelas”. Fora “Vital”, “Óculos” e “Ela Disse Adeus”.
Pra quem não vivenciou o início da trajetória dos Paralamas, vale citar que nos anos de 1980, o rock brasileiro começou a florescer com o surgimento de bandas e artistas como Legião Urbana, Titãs e Engenheiros do Hawaii, até hoje referências no segmento. Os Paralamas do Sucesso surgiram nesse ambiente extremamente fértil para a criatividade. Foram pioneiros na fusão de rock com outros estilos, como o reggae e a MPB, e surfaram nas influências internacionais do punk, do new wave e do rock alternativo, criando, desta forma, uma sonoridade híbrida genuinamente brasileira, capaz de integrar diversos públicos à cena rock.