O álbum “Sincera”, da argentina Claudia Brant, foi o vencedor do GRAMMY Awards na categoria Best Latin Music Álbum. O evento de premiação aconteceu em Los Angeles no último domingo, 10. Além dela, vários brasileiros comemoraram a vitória. Entre eles, o produtor Moogie Canazio, que assina o disco ao lado do argentino Ezequiel “Cheche” Alara. Moggie ganhou o cobiçado gramofone pela segunda vez – a primeira tinha sido em 2000, pela engenharia de som no álbum “João Voz e Violão”, de João Gilberto. Além disso, o produtor e engenheiro tem vários álbuns premiados no Latin GRAMMY – entre eles, “Contando Histórias” (2004), de Ivan Lins, ganhador nas categorias “Álbum do Ano” e “Melhor Álbum de MPB” e “Descivilização (2016), de Ian Ramil, na categoria “Melhor Álbum de Rock”.
Segundo Moogie, o trabalho de Claudia tem fortíssima influência brasileira. “Ela adora a música produzida no Brasil, sobretudo a MPB”, diz Moogie. O álbum “Sincera” reúne nove canções, algumas em parceria com brasileiros. Marcos Valle compôs a quatro mãos com Claudia “Com Los Pies Descalzos”. E Arnaldo Antunes fez a letra e participa da faixa “Mil e Uma”. “Adoro o Arnaldo Antunes, é um poeta, músico, pintor, faz tanta coisa, é tão talentoso em tudo”, comentou ela na época da gravação.
Cláudia Brant credita o prêmio à liberdade que teve para conceber o álbum. “Não trabalhamos sob regras comerciais. Decidi cantar aquilo que outros artistas não querem ou não podem cantar”, explica a artista. Uma das faixas, “Ni Blanco ni Negro”, com a participação do músico espanhol Antonio Carmona, põe o dedo na ferida de um tema polêmico nos EUA, a imigração. O videoclipe desta faixa foi postado no canal oficial da cantora no YouTube no último dia 7.
A cantora e compositora argentina concorria ao prêmio com o colombiano Carlos Vives (álbum “VIVES”), o espanhol Pablo alborán (“Prometo”), a mexicana Natalia Lafourcade (“Musas”) e a porto-riquenha Raquel Sofia (“2:00 AM”).
Confira Claudia Brant e Antonio Carmona cantando “Ni Blanco Ni Negro”:
