Com 44 anos de idade e 18 de carreira, a cantora e compositora Ana Cañas considera-se amadurecida profissionalmente e no trato de suas emoções. Quando essa sensatez é transformada em canções, o resultado é surpreendente. É o que se observa ao longo das 11 faixas que compõem seu novo álbum, “Vida Real”, disponível nas plataformas.
A autonomia artística da cantora atinge um novo patamar no álbum, de acordo com os críticos. E não é para menos. Após a bem-sucedida turnê “Ana Cañas Canta Belchior”, com uma série de 180 shows em todo país, Ana solidificou seu talento e versatilidade. Todas as canções de “Vida Real” trazem a assinatura da artista, com exceção de “O Que Eu Só Vejo Em Você”, de Nando Reis.
Com reforço de Dudu Marote, um dos mais influentes produtores musicais do Brasil desde os anos 90, responsável por hits de Skank, Emicida e BaianaSystem e muitos outros, Ana revela todas as suas facetas em faixas que abraçam o pop e fazem o crossover com sua forte personalidade de trovadora. É um mergulho profundo no universo da artista, com canções autobiográficas que atravessam diferentes fases de sua vida, desde composições feitas há anos até as mais recentes, que vão ao encontro de seu momento atual.
“Esse disco foi gestado há muitos anos dentro do meu coração. É o que melhor me traduz em uma completude de metaversos”, diz a cantora, que trata Vida Real como seu álbum de estreia. “Escuto esse disco muitas vezes e adoro. Nunca tinha experimentado essa sensação. Tem a Ana dos violões, a Ana da gaita, todas as Anas estão ali”, completa.
Entre os destaques, a faixa-título — que retrata a vivência da artista em um pensionato, cercada por desconhecidos, “Derreti” (participação de Ney Matogrosso), “Brigadeiro e Café” (com Ivete Sangalo), “Amiga, Se Liga” (feat. Roberta Miranda) e “Quero Um Love”, cuja sonoridade mescla reggae com piseiro-pop.
Ouça o álbum “Vida Real”, de Ana Cañas:
