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Mônica Salmaso homenageia Elizeth Cardoso em show no Rio

Foto de Lorena Dini

Uma das intérpretes preferidas de Chico Buarque, Mônica Salmaso será a atração do projeto Terças no Ipanema, no teatro de mesmo nome no bairro famoso do Rio de Janeiro. A partir do dia 6 de maio, sempre às terças-feiras (20 horas), Mônica apresentará o show “Senhora das Canções – Uma Homenagem a Elizeth”. Após a estreia, as apresentação se repetirá nos dias 13, 20 e 27 do próximo mês.

Criado para celebrar o centenário de Elizeth Cardoso (2020), o espetáculo chega agora ao palco do Teatro Municipal Ipanema Rubens Corrêa, depois de apresentações consagradoras no Rio de Janeiro e São Paulo.  Foi no Rio que nasceu ideia de revisitar o extenso legado de Elizeth Cardoso, em uma visita de Mônica Salmaso à Casa do Choro, e de seu encontro com Luciana Rabello (cavaquinho) e Maurício Carrilho (violão de 7 cordas), não por acaso músicos que atuaram ao lado de Elizeth na década de 1980. A eles se juntaram Paulo Aragão (violão, direção musical e arranjos), Aquiles Moraes (trompete), Magno Julio e Marcus Thadeu (percussão).

A partir de um mergulho na extensa discografia de Elizeth Cardoso nasceu o repertório do espetáculo, um passeio pelos muitos caminhos musicais percorridos pela cantora, ao longo de mais de cinco décadas de carreira.  O show reúne sambas gravados nas décadas de 1950, como “Seresteiro” (Raul Moreno, Renato Lima e Zé Keti); sambas-canções de discos antológicos, como “Canção do Amor Demais” e “Elizeth Interpreta Vinícius”; clássicos que ela visitou, como “Violão Vadio” (Baden Powell e Paulo César Pinheiro) e “Sei lá, Mangueira” (Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho);  pérolas esquecidas, como “A Mentira Acaba” (Rui de Almeida e Arnô Provenzano), e até mesmo uma rara composição da Elizeth (“Se as Estrelas Falassem”).

A “Divina” Elizeth Cardoso começou no rádio, nos anos 1940, atuou intensamente na cena fonográfica nas décadas de 1960 e 1970, participando de importantes espetáculos musicais até o fim da vida, em 1990. Brilhou no choro, no samba, no samba-canção, na música romântica, e teve papel fundamental nos primórdios da bossa nova. Elizeth lançou diversos jovens compositores e atuando, com a mesma desenvoltura, ao lado de conjuntos regionais, trios de jazz e grandes orquestras.

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