
A banda Alma Djem (liderado por Marcelo Mira) lança nesta sexta-feira (16) a terceira parte do “Acústico em São Paulo”. Com o título de “Harmonia”, o EP, com cinco faixas, dá continuidade aos dois primeiros volumes já lançados — “Luz” e “Liberdade”. Gravado na capital paulistana em julho de 2024, o trabalho reforça a fusão de estilos e a valorização da diversidade musical brasileira. Tato (Falamansa) e a banda capixaba Macucos participam do novo EP, cujas músicas falam de amizade, fé, amor, diversidade e da necessidade de reflexão sobre o impacto humano no planeta.
A faixa de abertura traz a releitura de “Sobradinho”, clássico de Sá e Guarabyra, eternizado nos anos 1970 como crônica da construção da hidrelétrica de mesmo nome no norte da Bahia. A canção ganha nova vida nas vozes de Marcelo Mira (Alma Djem) e Tato (Falamansa), celebrando uma amizade iniciada em 2005. Desde então, a parceria rendeu frutos como a regravação de “Teu Lugar” pelo Falamansa, além de colaborações anteriores no DVD “Ao Vivo no Lago Paranoá”.
Mira e Tato também dividem a autoria de “Rede no Coqueiro” (com participação do Falamansa) e de “Perfeitinha”, ambas presentes no projeto acústico. A relação entre os dois ultrapassa a amizade e consolida-se em uma trajetória de composições assinadas para artistas como Jorge e Mateus, Marcos e Belutti, Ivo Mozart, Planta e Raiz e sucessos do próprio Falamansa, como “Um Pouco Mais de Fé” e “Respeite a Maré”.
A segunda faixa, “Abre Caminho”, traz uma mensagem de fé, solidariedade e empatia, propondo uma visão de mundo mais colaborativa. Já “Amar Novamente”, representa um marco na história do Alma Djem. Primeira composição de Marcelo Mira, a música integra o álbum de estreia da banda, “Grito de Liberdade” (1999), e se tornou hino afetivo para milhares de fãs e casais ao longo dos anos.
Na quarta faixa, “Flor e Tangerina”, o Alma Djem se une à banda Macucos, do Espírito Santo. Encerrando o EP, “Manga Rosa e Guaraná” é uma colaboração entre Mira, Filipe Toca e o rapper baiano Lord Natri. A faixa aborda a importância da aceitação das diferenças em tempos polarizados, exaltando o amor como ponte entre mundos distintos. “Obrigado vida, pelas diferenças casuais / Nós não precisamos ser iguais / Pra amar e ser feliz da vida”, diz o trecho final do refrão.