Após cinco anos sem lançar um disco de inéditas, Daniel aparece com um álbum repleto de novidades. Além de dez novas canções, o projeto – distribuído pela Universal Music – traz a participação de Luan Santana, César Menotti (que faz dupla com Fabiano), Marcos (da dupla com Belutti) e Diego (parceiro de Henrique). Produzido por Dudu Borges, o novo CD (que leva apenas o nome do cantor) traz as características já conhecidas do produtor. Instrumental moderno e linhas marcantes de bateria e de violão. Mas apesar de apostar em toda essa tendência “universitária”, as músicas remetem ao início da carreira de Daniel, na época em que ele cantava com João Paulo. “Dudu conseguiu captar exatamente o que eu queria. Músicas com arranjos contemporâneos, mas sem fugir da minha essência romântica, criada na época da dupla com João Paulo”, analisa Daniel. Em novembro, o mercado recebeu a versão deluxe do projeto – que, além do CD, traz um DVD com imagens das gravações.
No dia em que o trabalho chegou às lojas, ele foi lançado também nas plataformas digitais. “Não podemos esquecer que o público do físico é diferente do digital, por isso é preciso apostar em todos os segmentos”, detalha o cantor. “Gosto muito do ambiente digital e acho que ele é de extrema relevância para a divulgação de um artista. Transmiti ao vivo a coletiva de imprensa de lançamento do álbum e atendi muitos jornalistas de outros estados via online”, completa. Na entrevista a seguir, Daniel fala do novo álbum e de outros temas.
SUCESSO! – Você lançou um disco com canções inéditas após um “jejum” de cinco anos. Por que todo esse hiato?
DANIEL – Venho de gravações de alguns projetos especiais, como o DVD 30 anos – o Musical (2013), feito em comemoração ao marco na minha carreira, e depois o DVD In Concert em Brotas (2015). Mas estes álbuns não priorizaram canções inéditas, então era o momento de trazer esse frescor para o rádio, com músicas novas na minha voz.
Fale da experiência de trabalhar com Dudu Borges?
Dudu conseguiu captar exatamente o que eu queria. Músicas com arranjos contemporâneos, mas sem fugir da minha essência romântica, criada na época em que eu divida os palcos com João Paulo. Tive a grande felicidade de saber que ele era meu fã. Foi uma grata satisfação. A gente se deu muito bem no estúdio. O Dudu é detalhista, assim como eu. O sucesso radiofônico e na web do primeiro single, Inevitavelmente, é uma boa amostra desta parceria entre nós.
Além do Luan Santana, você convidou três segundas vozes de duplas – César Menotti, Marcos e Diego. Fale sobre isso?
Essa idéia para as segundas vozes surgiu na finalização do CD. O Dudu achou que caberia e me questionou sobre isso. Escolhemos juntos os nomes, e Luan foi o primeiro que pensamos para a faixa Discurso ensaiado, já que ele é um dos compositores da música. O bacana é que essa canção cita um dos meus maiores hits, Adoro amar você. As segundas vozes de César Menotti, Marcos e Diego dispensam comentários e trouxeram um diferencial a mais para o álbum.
Uma edição especial Deluxe desse disco chega às lojas em novembro. Para que tipo de público é indicado esse produto?
O registro em vídeo é um algo a mais. Muita gente, em especial o fã, gosta de ver, além de ouvir, então vamos trazer esta opção para este público. Para ele, ter acesso às imagens o aproxima do artista ainda mais. É como se ele tivesse participado das gravações.
É verdade que você vem optando por uma agenda mais tranquila em termos de shows, viajando menos?
Eu opto realmente por fazer aquilo que mais me satisfaz de forma a ter um tempo para minha família. Não tenho mais idade para passar meses longe de casa. A saudade bate forte demais. Amo estar nos palcos mas não consigo ficar muito tempo longe da minha esposa e filhas. Adequar as coisas com mais calma é uma filosofia, sim. Tenho feito muitos shows para empresas. É um modelo que me atrai, o clima intimista propicia uma boa interação com o público. Mas os grandes shows em praça pública e recintos de eventos rurais, que reúnem muita gente, continuam fazendo parte da agenda e são prazerosos da mesma forma. A cada show ainda sinto aquele friozinho na barriga. E isso o artista não pode perder jamais – essa emoção de estar à frente do seu público, seja pequeno ou enorme.
Pensa em voltar a atuar como ator?
Gostei muito das experiências que tive na dramaturgia. Não me considero ator, mas posso afirmar que me enriqueceram como artista. Fiz um laboratório muito bacana para o personagem no longa O menino da porteira, projeto para o qual eu realmente tive tempo de me preparar. Não descarto participar de outros projetos.