Autor de clássicos como “Coração Tranquilo”, “Vela Aberta” e “Respire Fundo”, entre outras, o cantor e compositor paulistano Walter Franco morreu nesta madrugada em São Paulo, aos 74 anos, devido a complicações causadas por um AVC sofrido no mês passado.
Artista cuja carreira ganhou força e evidência nos anos 1970, Walter Franco lançou seis discos: “Ou Não” (1973), “Revolver” (1975), “Respire Fundo” (1978), “Vela Aberta” (1979), “Walter Franco” (1982) e “Tutano” (2001). Desde o fim do ano passado, ele trabalhava num álbum de inéditas, “Listen – Resiliência e Reistência”, ao lado do filho, Diogo Franco.
“Um dos compositores mais geniais e inovadores da nossa música, Walter Franco vai nos fazer muito falta. Nascido em 6 de janeiro de 1945, Walter sempre esteve na vanguarda musical, desde que surgiu para o grande público, em 1972, no VII Festival Internacional da Canção, com a inovadora ‘Cabeça’. Trabalhou com os arranjadores Rogério Duprat e Júlio Medalha. Seu segundo álbum, “Revolver”, de 1975, foi aclamado pela crítica e está entre os quatro mais emblemáticos de sua carreira”‘, escreve em comunicado a direção da Associação Brasileira de Música, Abramus, à qual o artista era vinculado – e onde ele chegou a ocupar a vice-presidência e a direção geral.
Homenageado no premiado documentário poético “Walter Franco Muito Tudo” (2001, de Bel Bechara e Sandro Serpa), o artista paulistano teve suas obras gravadas por vários artistas, como Leila Pinheiro, Oswaldo Montenegro, Chico Buarque, Ira!, Camisa de Vênus, Pato Fu e Titãs. Além de influenciar gerações, sua história na música vai muito além de suas composições.
“Nos despedimos de Walter Franco celebrando seu legado como ele nos ensinou na letra da canção “Coração Tranquilo”: “Tudo é uma questão de manter / A mente quieta / A espinha ereta / E o coração tranquilo”, escreve a Abramus em seu comunicado.
Relembre “Coração Tranquilo”, um grande sucesso de Walter Franco:
