Ator de primeira grandeza da Rede Globo, Alexandre Nero começou a carreira em Curitiba participando de bandas e, nos últimos anos, tem retomado seu trabalho de cantor/compositor. Nesta semana, ele está lançando nas plataformas um novo álbum, “Quarto, Suítes, Alguns Cômodos e Outros Nem Tanto” (Selo Risco). “Começa no sertão profundo do Cariri, ganha forma no espaço de um quarto no Rio de Janeiro e contornos finais na Rússia (onde foram gravados os arranjos de cordas). Essas imagens desenham a rota percorrida e a atmosfera proposta pelo novo álbum do artista”, informa o press-release.
“Quarto, Suítes, Alguns Cômodos e Outros Nem Tanto” é o quarto projeto da discografia de Nero e foi produzido nos últimos dois anos, durante o confinamento social provocado pela pandemia da Covid-19. “O disco mira o intimismo, a simplicidade de cantar e tocar violão dentro de casa. Foi gerado no espaço de um quarto — uma suíte que tanto pode ser o ambiente de uma casa, quanto uma música leve, cômoda, que acalanta, mas que também incomoda, questionadora dos tempos que vivemos”, explica o cantor/ator.
A construção desse universo sonoro começou em 2018, em meio à solidão e ao isolamento impostos por um longo período no sertão nordestino, durante as gravações de um trabalho. A mesma solidão promoveu o reencontro de Nero com a composição. Ali nasceram “Lajedo do Sertão” e o início da canção “Beleza na Tristeza”, que lhe trouxe de volta a vontade de gravar um álbum, com 100% de músicas autorais. Desta forma, o ouvinte é convidado a entrar nesse universo e contemplar esse estado atmosférico. Juntos, Alexandre Nero e Antônio Saraiva — produtor, músico e parceiro do cantor — construíram um disco que embaralha convenções e derruba estereótipos. A calmaria e os longos silêncios que trespassam o álbum não fazem do projeto um conjunto de canções tristes, melancólicas ou desesperançadas.
As participações especiais reforçam essas sensações. Influência clara na formação musical de Alexandre Nero, Milton Nascimento surge, ele próprio a voz síntese da serenidade, como convidado na bela “Guerra de Cegos”. Em “Miseráveis”, Elza Soares, dá voz aos “manos, minas, monas, Macunaímas, Pixotes e mascates”. O álbum traz ainda uma parceria inédita com o compositor Aldir Blanc, que já vinha se desenhando há algum tempo. A convite do curitibano, Aldir enviou um texto para ele musicar, que virou a canção “Virulência”, assinada pelos dois e Antônio Saraiva
Repertório novo álbum de Alexandre Nero:
“Virulência” (Aldir Blanc/Alexandre Nero/ Antônio Saraiva)
“Meu bloco taí” ( Alexandre Nero/L.F.Leprevost/Adriano Petermann/Gilson Fukushima)
“Beleza na tristeza” (Alexandre Nero/ L.F.Leprevost)
“Em guerra de cego” (Alexandre Nero/Fabio Freire) Participação: Milton Nascimento
“Bola de fogo” (Alexandre Nero/Fabio Freire)
“A Partícula” (Alexandre Nero/João Cavalcanti)
“Lajedo do sertão” (Alexandre Nero)
“Mata” (Alexandre Nero/Antônio Saraiva)
“Nossa Senhora de Copacabana” (Alexandre Nero/L.F.Leprevost)
“Miseráveis” (Alexandre Nero/Fabio Freire) Participação: Elza Soares
“Sem Mais” (Alexandre Nero)