A estreia do novo show de Ana Carolina é um dos principais destaques da programação artística da capital paulista nesta semana. Na quinta-feira, a cantora mineira sobe ao palco do Espaço Unimed para levar ao público o show de sua nova tour, “Ana Canta Cássia – Estranho Seria Se Eu Não Me Apaixonasse Por Você”, inteiramente dedicado ao repertório de incontáveis sucessos de Cássia Eller, cantora que nos deixou em 2001.
Mais do que cantar o repertório de Cássia, Ana fará uma viagem pessoal no tempo, segundo ela informa. A turnê será uma conexão direta com a jovem garota mineira, que aos 16 anos ouviu Cássia pela primeira vez, apaixonou-se e nunca mais deixou de ser fã de camiseta, como se define. “São sentimentos muito contraditórios quando penso neste show. Primeiro, jamais imaginei que seria possível um dia poder cantar o repertório da Cássia. Obviamente era um sonho íntimo, desde antes do início da minha carreira. Quis o destino que agora, em pleno 2022, quando Cássia faria 60 anos, que esse projeto surgisse e fosse sugerido justamente para mim”, diz Ana Carolina.
“Ana Canta Cássia – Estranho Seria Se Eu Não Me Apaixonasse Por Você”, uma turnê da Opus Entretenimento que terá direção do premiado Jorge Farjalla, já nasce com diversas apresentações confirmadas por algumas das principais cidades do Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste do país. Até abril do ano que vem, são mais de 20 apresentações já agendadas. Depois de São Paulo, ela estará, em outubro, em São João do Meriti/RJ (dia 7), Rio de Janeiro (dia 14, Qualistage), Natal (27) e Recife (28).
Com relação à influência que a homenageada exerce sobre Ana Carolina, ela diz que tudo começou em 1990, quando tinha apenas 16 anos. Moradora de Juiz de Fora ouviu “Cássia Eller – Disco 1”, álbum de estreia da cantora carioca, e até hoje um dos prediletos de Ana. O impacto foi imediato. “Eu tive a certeza naquele momento que aquela voz potente vinha pra ficar pra sempre e que jamais haveria outra igual”, relembra Ana Carolina. “Tudo no universo musical da Cássia me influenciou. Aquela voz feminina com tanta presença e personalidade. Eu dava meus primeiros passos na música e não tenho a menor dúvida que dali tirei muito da minha formação musical e do que achava ser importante ter nas canções e no palco”, explica.
Anos mais tarde, em 1997, quis o destino que Cássia Eller tomasse conhecimento do trabalho da estreante cantora Ana Carolina que, numa ida ao Rio de Janeiro, acabou sendo acolhida por seu ídolo de maneira generosa em sua própria casa. “Aquele gesto simples reverbera em mim até hoje. Eu chegava no Rio para um show e a Cássia cedeu espaço para mim dentro de seu apartamento. Era o começo da minha carreira e tudo era muito difícil. Tão difícil que ela ainda fez questão de contratar meu primeiro roadie, para carregar e afinar o violão para este show. Eu não estava sequer habituada com isso ainda. Foi inesquecível vê-la na plateia torcendo por mim”, diz.
Dirigido por Jorge Farjalla, “Ana Canta Cássia – Estranho Seria Se Eu Não Me Apaixonasse Por Você” terá um esqueleto teatral ao passear por cinco atos, que serão conduzidos por músicas que remetem a cada um deles: “Cartas”, logo na abertura do show, traz canções que se comunicam em estado de poesia pura; “Palavras” começa a investigar outros universos das duas cantoras, incluindo a paixão mútua pelo samba; “Sabotagem” é um momento da Cássia debochada e cheia de questionamentos sobre o status quo, enquanto “Girassol” traz de volta a delicadeza para a coroar a celebração. O último bloco é, claro, um bis cheio de surpresas que serão desvendadas com a estreia da turnê.