A série Música #EmCasaComSesc, criada pelo Sesc-SP para oferecer entretenimento ao público e espaço para artistas nesta fase de isolamento social, inaugura nesta semana uma nova fase: as apresentações passam a acontecer em lives realizadas da casa dos músicos (como vinha ocorrendo) ou com transmissão direto dos palcos das unidades do Sesc, ainda sem a presença de público e seguindo todos os protocolos de segurança.
“Com a mudança, o Sesc São Paulo passa a acolher shows com formações maiores, que contarão com os recursos do palco para uma transmissão de melhor qualidade. O formato híbrido, com a manutenção dos shows que acontecem no ambiente domiciliar, permite que a série continue oferecendo encontros com músicos de outros estados e com artistas em condições de maior vulnerabilidade ao coronavírus. Ao mesmo tempo, ao abrir as portas dos palcos do Sesc, dá-se oportunidade a mais profissionais para realizarem seu trabalho, ajudando a estimular o setor cultural”, informa o comunicado do Sesc-SP. As apresentações seguem no mesmo horário, 19 horas, no Instagram Sesc Ao Vivo e no YouTube Sesc São Paulo .
O dia da música instrumental passa a ser, na nova fase, às terças-feiras. Portanto, amanhã, o violonista, compositor e arranjador mineiro Juarez Moreira apresenta direto de sua casa um panorama dos 50 anos de sua carreira, ao lado dos músicos Kiko Mitre, no contrabaixo, e Lincoln Cheib, na bateria. Em sua trajetória, Moreira participou de diversas parcerias ao lado de Maria Bethânia, Paulo Moura, Milton Nascimento, Lô Borges e Beto Guedes. Seu repertório é conhecido por conciliar a bossa, o jazz e o choro, fazendo também uso de referências que vão da música erudita a gêneros como o rock.
Na quinta-feira, Jorge Aragão se apresenta direto de sua casa, no Rio de Janeiro. Cantor, sambista e compositor de inúmeros sucessos, o músico tem canções gravadas por grandes intérpretes do samba, como Beth Carvalho (1946 – 2019), Alcione, Zeca Pagodinho e Martinho da Vila. Com quase 30 anos dedicados inteiramente à música, Jorge Aragão se apresenta acompanhado Jerominho Fernandes (violão) e Daniel Aranha (cavaquinho).
A sexta-feira traz Cida Moreira em show transmitido direto de sua casa. Seu repertório abrangente traz toada, canção, balada, poesia cantada, rock e música contemporânea. O ponto de partida é a modinha de Mário de Andrade (1893-1945) “Viola Quebrada”, composta em 1928. “Moreninha”, de domínio público, é outra toada, que Cida canta desde menina. As memórias pessoais norteiam a apresentação em que a intérprete traz canções do álbum Soledade (2015), que abarcam um repertório que vai de 1928 a 2015, de nomes como Milton Nascimento, Thiago Pethit, Chico Buarque, Titãs, Joelho de Porco. Uma escolha que se dá em especial pelas letras, a palavra, que é a base para suas interpretações sempre tão pessoais. A cantora se apresenta acompanhada por Omar Campos (violão, viola caipira e contrabaixo) e Iuri Salvagnini (acordeon e piano).
Inaugurando as apresentações em palcos das unidades do Sesc, Arnaldo Antunes faz show no palco do Sesc Pompeia, no sábado (3/10). Para a apresentação, Antunes escolheu uma formação com a qual nunca havia se apresentado anteriormente. Acompanhado pelo pianista Vitor Araújo, o cantor interpreta as músicas do seu álbum recente, “Real Resiste” (2020), com canções intimistas, focadas na relação entre letra e melodia. O músico traz também composições de várias fases de sua carreira, como “Debaixo D’Água”, “O Pulso”, “Socorro”, “Vilarejo”, “Contato Imediato”, “Alta Noite”, além de incluir poemas falados, entoados, sussurrados e filtrados por efeitos.