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“Baú da Dona Ivone” chega ao universo online

dona ivone capa

Se viva, Dona Ivone Lara, figura icônica do samba — autora e intérprete, entre outros, do clássico “Sonho Meu” –, estaria completando 99 anos hoje, 13 de abril. Voltando um pouco no tempo, em 2012 vários artistas se reuniram para o lançamento de um álbum em homenagem à artista — entre eles, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Diogo Nogueira — intitulado “Baú da Dona Ivone” (capa acima).

Nove anos  se passaram, e Dona Ivone, que nos deixou em 2018, segue cada vez mais em evidência. A beleza crescente das melodias da estrela maior da escola Império Serrano, registradas no “Baú da Dona Ivone”, chega agora às plataformas digitais, como parte das celebrações da proximidade do seu centenário. As 12 faixas, raridades que até pouco tempo existiam apenas em CDs físicos, estão sendo disponibilizadas agora pela Radar Records em três EPs.

A notícia já é motivo de alegria para quem ama o Brasil radiante que Dona Ivone  representa, mas a celebração vai ainda mais fundo no baú. Bruno Castro, seu parceiro e  idealizador do “Baú da Dona Ivone”, garimpou mais canções da compositora, que chegam nesta quarta-feira ao universo online hoje. Quatro delas são completamente inéditas: “Dois Corações Abrindo a Manhã”, na interpretação de Maria Rita; “O  Espaço pra Sonhar”, com Fundo de Quintal; “15 anos Após o Centenário” (com Dudu  Nobre e Pretinho da Serrinha) e “Já é Hora”, na voz de Xande de Pilares.

Além destas, “Nas Escritas da Vida”, lançada em 2010, volta agora em registro inédito, com Dona Ivone dividindo os vocais  com Gilberto Gil. Completando a homenagem, Dandara Mariana canta “Silêncio da Passarada”, tributo a Dona Ivone assinado por Bruno Castro e Ciraninho. O time dos sonhos inclui também grandes arranjadores — Rildo Hora, Jota Moraes, Leandro Braga e Maurício Verde. Detalhe: o EP1 do projeto, que chega agora às plataformas, traz três faixas: “Não é Miragem” (com Beth Carvalho), “Não Me Maltrata” (com Sombrinha) e “Adeus ao Senhor da Razão” (Áurea Martins).

As novidades em torno do “Baú da Dona Ivone” abrem as celebrações do centenário da artista,  que prometem ser longas. “Até porque há uma controvérsia sobre a data de seu nascimento.  Dona Ivone tem documentos que afirmam que ela nasceu em 1921 e outros que atestam que  foi em 1922. A própria família da compositora, que apoia as iniciativas do “Baú da Dona Ivone”,  não tem uma definição sobre a data. Ou seja, anuncia-se um cenário de homenagens que se  estenderá ao longo de 2022. Uma imprecisão histórica que atua a nosso favor. Afinal, dois  anos é pouco para a grandeza de Dona Ivone — e o Brasil anda precisado”, informa o press release relativo ao projeto.

Ouça “Não é Miragem”, com Beth Carvalho, presente no EP1 do projeto “Baú da Dona Ivone”:

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