“Black Power” é o título do sexto single do novo álbum do cantor, compositor e rapper mineiro Renegado. A faixa, assim como as demais do disco, foi produzida pelo hitmaker Umberto Tavares, cujo nome normalmente está associado a projetos de samba/pagode e funk. “Black Power” traz a participação especialíssima de uma unanimidade da música brasileira, a cantora e compositora Elza Soares, em seu auge pessoal aos 91 anos.
A terceira colaboração musical entre Renegado e Elza Soares consagra a parceria iniciada quando Elza se declarou madrinha artística do cantor, ainda no início de 2020. Logo veio o lançamento de “Negão Negra”, a primeira colaboração entre os artistas, música que alcançou o sucesso de público e crítica, foi destaque na imprensa e ganhou as rádios de todo país como hino antirracista, que fez parte dos protestos iniciados com o assassinato de Jorge Floyd (nos EUA) e se tornou uma das músicas com mais reproduções nas plataformas digitais dos dois artistas.
O segundo lançamento da parceria foi a moderna versão de “Divino Maravilhoso”, clássico de Gilberto Gil e Caetano Veloso, música gravada por Elza e Renegado para a trilha da série “Amor e Sorte”, da TV Globo. A colaboração entre estilos e gerações, a princípio tão diferentes, foi o tema central do documentário americano “Gerações”, produzido pelo time internacional da Red Bull, em que Elza e Renegado são os protagonistas e contam a história desse encontro e tudo mais que ele representa.
Em época de lives, a parceria musical ganhou os palcos virtuais com uma sequência de lives-show e transformou-se no espetáculo “Onda Negra”, que estreou em dezembro de 2020 no palco do Teatro Municipal de São Paulo, dentro da edição da Virada Cultural. Na sequência, o show ganhou turnê nacional, e já com uma dezena de datas confirmadas para a circulação nacional presencial em 2022.
“‘Black Power’ é uma maneira de coroar essa parceria de amor entre mim e a rainha. Quando pensei em um álbum de 12 faixas com 12 feats, o primeiro convite era dela, da Elza, dessa artista fenomenal e incomparável, que tenho a honra de chamar de madrinha. A música é uma porrada, um soco no estômago do racismo e dos racistas, mas de uma forma amorosa, sem querer colocar fogo em ninguém. Nossa música pede ao mundo para deixar nosso povo preto viver, brincar, ser feliz, respirar. É lógico que o protesto tem seu momento raivoso, feroz, principalmente no rap que eu faço na música, mas tem muito trap samba e muito balanço também. Não dá pra falar do flagelo vivido por nossa gente, sem sentir revolta por isso. Elza é a rainha que chega na música com aquela voz de trovão inigualável, aquela performance simplesmente espetacular, bate forte no racismo, mas acolhe e ensina com amor. É assim, “Black Power”. É sobre amor, sobre lutar por nossos direitos, é sobre celebrar nossa gente, nossa cor, nossa resistência, nosso black power”, conta Renegado.
“Quando descobri esse menino, senti de novo aquele frio na barriga que sinto quando coloco os olhos em algo realmente bom, que me emociona mesmo, cara. Foi assim com tanta gente maravilhosa, como o Vander Lee, Seu Jorge, Jorge Aragão, Clara Nunes e tantos outros que me tornei madrinha musical, amigos de trabalho que pude ajudar de alguma forma, sei lá, apresentar pro mundo. No caso de ‘Black Power’, cantei a plenos pulmões, com toda minha força, meu amor, minha raiva, com tudo que eu queria passar com minha voz nessa música. Com meu protesto pelo nosso povo negro, com meu prazer por cantar ao lado de um artista tão qualificado, tão batalhador, tão amoroso e que se depender de mim será reconhecido assim pelo mundo inteiro. É sobre respeito!”, finaliza Elza Soares.
Ouça “Black Power”, a nova parceria entre Renegado e Elza Soares: