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Caldeirão de sons: Tribo Cordel promove novo EP

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O pernambucano Nando Cordel fez história como compositor de dezenas sucessos. Alguns se tornaram clássicos, como De volta pro aconchego, gravado por Elba Ramalho, e Gostoso demais, por Maria Bethânia. Mas sua obra musical – Nando também é cantor e produtor – acabou por influenciar sua prole de seis filhos, hoje todos bem crescidos. Três deles, Tauã, Caiã e Ruã decidiram, cinco anos atrás, criar a Tribo Cordel. Ruã deixou o trio no fim de 2014 para se dedicar aos estudos enquanto os irmãos, formados respectivamente em Marketing e Administração de Empresas, mantiveram o projeto artístico, que vem ganhando destaque desde então.

“A gente cresceu no meio de artistas representantes de vários gêneros. Pessoas que iam até meu pai em busca de composições, outras que meu pai visitava em shows. Assim, fomos tendo contato com os mais variados ritmos. Quando pensamos em formar a banda, naturalmente acabamos por beber em todas aquelas fontes. Buscamos referências em todas as tribos sonoras, daí a escolha do nome do projeto”, explica Tauã, responsável pelos vocais. O irmão Caiã toca violão e guitarra. Quatro músicos acompanham os dois nos shows, tocando sanfona, guitarra, baixo e percussão.

Mas, afinal, que ritmo a Tribo Cordel leva ao público prioritariamente jovem que frequenta suas apresentações? Basicamente forreggae. “Na verdade é um xote reggae com tempero e clima de final de tarde, em alguma praia do Nordeste. E olha que temos orla para tanto”, define Tauã, que vive em Recife. “Na verdade, nossas músicas carregam elementos do pop, do rock e funk. Mas tem a pegada característica do forró e do reggae – porque somos da praia, pegamos onda, então essa sonoridade está bem presente em nós”, explica ele, revelando que a influência do reggae vem de nomes como Soja, Natiruts e Bob Marley.

O primeiro sucesso da Tribo aconteceu no final de 2014. É pressão, um arrastapé com refrão forte, alcançou os primeiros lugares em rádios do nordeste, fez barulho no carnaval de 2015 e acabou levando a Tribo ao palco do Programa do Jô (Rede Globo). Na mesma época, a romântica Mariana surpreendeu o clã Cordel ao estourar em Santa Catarina, sem nunca ter sido trabalhada por lá. “A gente não entendeu bem aquilo. A música foi crescendo espontaneamente nas emissoras de rádio e acabou se tornando um dos hits do verão catarinense de 2015”, conta Tauã. Em 2015, a Tribo, ainda na configuração trio, lançou um DVD gravado ao vivo no Monte Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes (PE), com faixas próprias e versões forreggae para sucessos como Xote da alegria (Falamansa), Menina veneno (Ritchie) e Do lado de cá (Chimarruts).

Com a saída de Ruã, os dois irmãos frearam um pouco o projeto, passando a atuar como músicos de apoio de Nando Cordel – o que eventualmente ainda ocorre. Mas no ano passado, Tauã e Caiã voltaram ao estúdio e produziram um EP com quatro faixas, que está sendo lançado de forma digital. Todas as composições são assinadas por Nando – uma delas, Você é tudo que estava faltando na minha vida, em parceria com Tauã. A primeira música de trabalho, com direito a clipe gravado na paradisíaca Fernando de Noronha com a participação da atriz Gaby Lopes, é a dançante Delícia. “É uma salsa-forró com o clima de verão e letra simples mas pegajosa. Estamos apostando muito nela neste início de ano”, diz o vocalista, lembrando que a divulgação está sendo feita nas rádios de todos os estados do Nordeste. Na mesma linha melódica, o EP traz Quem é que me faz enlouquecer?, além da regravação de Mariana e da dançante Você é tudo que faltava na minha vida, que traz a participação dos músicos da Banda Eva.

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