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Gazeta FM lidera a audiência em Maceió

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As manhãs de segunda a sexta do povo maceioense nem sempre são propícias para um banho de mar nas famosas praias de Pajuçara e Ponta Verde (de vez em quando a chuva dá as caras por lá); os torcedores de CRB e CSA, times mais tradicionais de Alagoas, nem sempre acordam de bom humor, já que nenhuma equipe é imbatível no futebol; mas uma coisa é absolutamente certa no dia a dia de quem vive na bela capital alagoana. Quem ligar o rádio antes do almoço escutará a voz marcante do locutor Gilvan Nunes, profissional que comanda programas de sucesso no FM de Maceió há quase 30 anos. E que está, há 20 anos, na Gazeta FM, líder de audiência, segundo o Ibope, também há duas décadas, coincidentemente (ou não).

Uma das vozes mais conhecidas do rádio alagoano, Gilvan é também coordenador de programação da Gazeta, emissora fundada há 40 anos. O profissional apresenta três programas, no horário entre nove da manhã e uma da tarde. Porém, a rotina de trabalho começa bem antes, na TV Gazeta, afiliada da Rede Globo em Maceió. Gilvan é editor-chefe e apresentador do “Bom Dia, Alagoas”. Chega todos os dias à emissora às 4h30 da manhã. Ou seja, o trabalho de coordenação na Gazeta FM só começa mesmo depois do almoço – e após uma longa jornada de mais de seis horas no ar entre rádio e TV.

E é na coordenação da FM que o profissional tem seu maior desafio: manter a Gazeta na primeira colocação num mercado que tem crescido bastante nos últimos anos, apesar da força de novas mídias, como redes sociais e streaming. “A responsabilidade é enorme. Estamos na liderança, comprovadamente pelo Ibope, há quase 20 anos. Temos 41% da audiência, com uma programação eclética, sempre preocupada em tocar os maiores sucessos. Sejam eles sertanejos, pagodes ou ritmos nordestinos, como o axé. É quase um ‘Top 40’, digamos assim. Se for pra comparar, acho que lembramos um pouco a Band FM, em São Paulo, a BH FM, em Belo Horizonte, e a Clube FM de Brasília”, resume Gilvan Nunes.

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É curioso notar que em tempos de programas recheados de discussões, entrevistas e muito bate-papo no rádio, a Gazeta FM procura nadar contra a corrente, mantendo-se quase que essencialmente como uma emissora musical. “Basicamente, tocamos música. Aliás, sucessos. O que os ouvintes querem ouvir. No programa “Ligou, Pediu”, que vai ao ar durante as tardes (13 às 17h), por exemplo, respeitamos uma tabelinha: uma música nossa, uma do ouvinte. Eles pedem suas músicas preferidas no ar, numa mensagem gravada. Portanto, se tocarmos 14 canções naquela hora, sete serão pedidos dos ouvintes”. Gilvan destaca, no entanto, que alguns boletins de jornalismo, esporte e “fofocas da TV” ganham espaço uma vez a cada hora na programação.

O repertório eclético da Gazeta FM concorre com outras duas emissoras populares de Maceió: a 96 FM e a Pajuçara FM. Ambas também são voltadas para as classes C, D e E. Porém, há também FMs “jovens” com boa audiência na capital alagoana: são os casos das afiliadas da Jovem Pan e Mix FM, além da 98 FM, que pertence ao mesmo grupo da Gazeta e, adivinhe, também é coordenada por Gilvan. A Francês FM é outra rádio bastante ouvida na cidade mas, como fica na Praia do Francês, em outro município (Marechal Deodoro), não entra na pesquisa do Ibope. A Educativa FM, com uma programação adulto-contemporânea voltada às classes A e B, e a evangélica Aleluia FM também tem audiência destacada na capital.

PRÊMIOS E PROMOÇÕES
Nesta competição saudável e acirrada pelos ouvintes, a Gazeta FM não abre mão de “armas” tradicionais do rádio, como prêmios, shows e promoções. “Temos uma tradição enorme no entretenimento em geral. A Gazeta sempre está presente nos grandes shows em Maceió. E sempre premiando os ouvintes com ingressos. Não apenas para espetáculos musicais, mas também peças de teatro, cinema e circo. Buscamos ainda parcerias com os grandes artistas para premiar os ouvintes. Recentemente, por exemplo, fizemos dois ‘caminhões de prêmios’ com Luan Santana e a banda Aviões do Forró. O ouvinte fica feliz duplamente, pois tem a satisfação de ganhar do seu ídolo mais de duas dezenas de prêmios, incluindo eletrodomésticos e móveis diversos”.

Não por coincidência, Luan Santana e Aviões são alguns dos artistas mais tocados pela Gazeta FM. A parceria de Luan com Paula Fernandes em Juntos liderou inclusive a parada da emissora nas últimas semanas, ao lado de hits como “Nesse Embalo”, de Ferrugem, “Matutinha” (Claudia Leitte e Mano Walter), e “Cem Mil”, de Gusttavo Lima. Wesley Safadão, Gabriel Gava e Gustavo Mioto também tem aparecido com frequência na parada.

ferrugem e claudia
São nomes sempre solicitados nas mensagens recebidas pelo WhatsApp, importante ferramenta de interação da Gazeta com seus ouvintes. “É lógico que a rádio já tem uma cara e que, depois de tantos anos nesse meio, a gente tem uma prévia noção do que vai agradar os ouvintes. Mas é sempre fundamental ouvir a opinião deles. Até porque às vezes eles nos chamam a atenção para algum artista novo. Aí a gente ouve e avalia se entra ou não na playlist. Este é outro aspecto importante do nosso trabalho. Tocamos hits, mas estamos abertos a novidades. E a artistas que estão começando, mas que tem a cara do nosso público e chance de fazer sucesso”, explica.

As redes sociais também são importantes nesse contexto, segundo Gilvan. Instagram e Facebook servem, nas palavras dele, como uma extensão virtual da programação da Gazeta FM. “Temos redes sociais fortes e, graças a elas, conseguimos estreitar nossa interação com os ouvintes”. De uma maneira geral, a avaliação do profissional e de toda sua equipe é que a internet é atualmente uma grande parceira. “Ela até surgiu como uma ameaça mas, no final das contas, o rádio se propagou muito com a internet. É claro que a gente perdeu o radinho de pilha, mas ganhamos o smartphone, o computador… na verdade, dá pra dizer que ganhamos o mundo. Hoje tenho ouvintes em Brasília, Mato Grosso, até em outros países, como Espanha e Portugal. E alagoanos que foram morar em outros estados podem continuar escutando a Gazeta. Como vou reclamar da Internet?”, pergunta, sem esconder o sorriso. (Por Thomaz Rafael)

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