A Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI) apresentou ontem em Londres seu relatório anual da indústria fonográfica, que aponta em 2018 crescimento de 9,7% em relação ao ano anterior. Trata-se do quarto ano consecutivo de alta. Ao todo, de acordo com a entidade, foram arrecadados U$ 19,1 bilhões em todo mundo com a venda de música nos formatos digitais e físicos.
Mantendo tendência de exercícios anteriores, quase metade dessas receitas (47%) vieram da música em ‘streaming’, segmento que liderou a alta em 2018 com um crescimento de 34%. Em termos de assinaturas pagas de plataformas digitais que oferecem estes conteúdos, o aumento foi de 33%. Para se ter uma ideia, 255 milhões de pessoas pagaram por serviços de streaming ano passado. Por outro lado, as vendas físicas, que em países como o Brasil despencaram nos últimos anos, mantiveram o panorama e caíram 10,8% no ano passado em nível global. No caso dos downloads, a queda foi ainda maior, de 21,2% em comparação a 2017.
O Brasil, onde a população a cada dia conhece e adere aos serviços de streaming, foi preponderante para que a América Latina, pelo quarto ano consecutivo, registrasse o maior crescimento por regiões, segundo o relatório (16,8%). No Brasil, foram registrados 15,4% de aumento, que, somado aos números do México (elevação de 14,7%) explicam a performance da região. Na América do Norte o aumento foi de de 15%. Somados, os mercados da Ásia e da Austrália cresceram 11,7%, enquanto o europeu praticamente manteve-se nos mesmos patamares de 2017 – a elevação nas vendas registrou apenas 0,1%.
O top 10 de discos de 2018 foi marcado pelas trilhas sonoras de filmes, como “The Greatest Showman” (O Rei do Show), o primeiro no ranking, com 3,5 milhões de cópias vendidas; “A Star is Born” (Nasce Uma Estrela), com 1,9 milhão; “Bohemian Rapsody”, com 1,2 milhão; e “Mamma mia! Here We Go Again” (Mamma Mia: Lá Vamos Nós de Novo!), com 900 mil. Entre os singles, o mais comercializado foi “Havana” de Camila Cabello, com 19 milhões de reproduções; seguido de “God’s Plan” de Drake (15,3 milhões) e de “Shape of You” de Ed Sheeran (14,9 milhões).