Velhos são os tempos onde o mundo da moda e beleza eram representados por figuras magras, por vezes, num nível assustador. A indústria chegou mesmo a ser criticada por passar imagens pouco saudáveis no que tocava a imagem física, e chegou a ser associada com casos de anorexia de adolescentes que procuravam adquirir a mesma imagem destas supermodelos.
Modelos aparecem em diversos tipos de anúncios para campanhas de roupa, maquiagem, perfumes e outros, mas na atualidade, o conceito das modelos utilizadas alterou significativamente. Empresas começaram a ser bombardeadas com críticas que eventualmente as forçaram a substituir os padrões das suas modelos, que até à altura seriam de um gênero específico, dentro de certas alturas e pesos, pele branca, sem tatuagens, com preferência para cores de cabelo louros. Mas, desde então, estas empresas adaptaram uma maior diversidade de pessoas que incluem nos seus anúncios, e o público tem considerado esta abordagem mais realística e sem medo de mostrar o seu agrado pela decisão.
Cada vez mais empresas e indústrias aderem à mentalidade de usar uma maior diversidade de modelos, e com elas, alguns anúncios realmente se destacaram. Aqui fica uma lista de alguma das melhores publicidades que marcaram os visualizadores pela utilização de pessoas comuns em vez de supermodelos:
Em 2004, a Dove foi pioneira no conceito de utilização de pessoas comuns para os seus anúncios televisivos, ao apresentar a campanha de “Verdadeira beleza”. Os cremes hidratantes da multinacional mostraram ser o produto de escolha de muitas mulheres, de qualquer etnia ou forma. No anúncio, vemos diversas mulheres de roupa interior, umas baixas, umas altas, umas magras e outras de curvas, de diversas etnias e feições. O anúncio já festejou 14 anos desde que passou pela primeira vez nas televisões, mas é impossível esquecer a forte mensagem que transmite: você é linda tal como é.
DKNY na passarela
Muitas foram as marcas de moda que se adaptaram nos últimos anos com o conceito de diversidade durante os seus espetáculos na passerelle. DKNY foi uma delas, que em 2014 enviou para a sua amostra de fashion, modelos que não correspondiam aos padrões comuns da indústria da moda. Mulheres que não eram magras, brancas e sorridentes como o habitual, surpreenderam as centenas de pessoas que visitavam a passarela da DKNY. Uma excelente mensagem passada pela empresa norte-americana para todos os seus fãs.
River Island “Etiquetas são para roupa, não pessoas”
Em 2018, a loja de roupa inglesa lançou uma campanha que aqueceu o coração de muitos. Numa geração que despreza os padrões comuns da moda, a River Island lançou uma campanha onde anunciava a sua última coleção com a participação de uma grande diversidade de modelos, incluindo diversas etnias e formas físicas. Enquanto o anúncio decorre, os modelos riem-se e demonstram uma atitude de felicidade e confiança, e no final, a mensagem “Etiquetas são para roupa, não pessoas” aparece nos nossos ecrãs. Depois da estreia da campanha nas televisões, a River Island recebeu milhares de mensagens nas redes sociais, incluindo no Twitter, com pessoas a definirem o slogan como “um dos melhores de sempre”. Veja o vídeo da River Island: