Poucos sabem disso, mas o cantor e compositor Leo Jaime é goiano, nascido em 1960 na capital do estado. Não parece, mas o artista, que está na história do pop rock nacional, chegou ao Rio aos 18 anos, logo conheceu nomes como o Mutante Arnaldo Baptista e o genial Cazuza — indicado por ele para integrar o Barão Vermelho –, e em três ou quatro anos iniciou sua carreira de sucesso.
“Eu admirava mais os Beatles do que os Rolling Stones, e só depois fui entender por quê: eu era do mesmo universo dos Stones, os Beatles eram uma coisa diferente”, disse ele em entrevista recente. Àquela época, 1982, com o topete em plena forma, Leo integrava o grupo de rockabilly e surf music João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, ao lado de amigos como Selvagem Big Abreu, Avellar Love e Bob Gallo.
Nesta sexta-feira, a partir das 21 horas, Léo Jaime se apresenta no Qualistage, no Rio de Janeiro, com a show da tour comemorativa aos mais de 40 anos de trajetória. Dois nomes contemporâneos do artista farão participação no show: Kiko Zambianchi e João Penca e Seus Miquinhos Amestrados. No repertório, sucessos como “A Vida Não Presta”, “Rock Estrela”, “Gatinha Manhosa”, “A Fórmula do Amor”, “As Sete Vampiras” e “Conquistador Barato”, além de suas famosas versões (“Solange”, “Sônia”) e hits de nomes que ele admira, como Rita Lee, Barão Vermelho, The Cure e Nirvana.
“O show é mais um retrato meu do que uma biografia. São músicas que toquei em meus shows nesses mais de 40 anos, algumas que andavam sumidas, como ‘Abaixo a Depressão’, e outras que entraram recentemente, como ‘Eu Vou Pegar a Madonna'”, destaca ele. Na apresentação, Léo estará acompanhado por Caio Barreto (guitarra), João Pompeu (piano, teclados), Rafael Garrafa (baixo) e Alexandre Fonseca (bateria)