Mestre das palavras e das melodias, Oswaldo Montenegro é incansável. Com ele, não tempo tempo ruim. Antes da pandemia, lançava singles com frequência e tinha uma agenda de shows de dar inveja, para quem toca pouco no rádio e teve seu auge há 30 anos. Eram pelo menos dez apresentações por mês em teatros e grandes espaços Brasil afora.
Com o confinamento e o isolamento que reduziu os shows presenciais, Montenegro continuou criando, gravando e produzindo. Uma de suas novas criações acaba de chegar às plataformas. Trata-se de “Poças Azuis”, assinada por ele em parceria com o cantor e compositor Mongol, seu parceiro em sucessos como “Agonia”, “Aquela Coisa” e “Sempre Não é Todo Dia”, entre outros. Detalhe: música e letra foram compostas dias antes do diagnóstico de Covid-19 de Mongol, que infelizmente não conseguiu vencer a doença e morreu no dia 11 de maio último, aos 64 anos.
Montenegro começa nesta semana a promover a faixa no ambiente online e veículos de comunicação. Nas entrevistas, ele enfatiza o caráter atual da canção, que expõe sentimentos comuns e pertinentes para o momento: “Tá todo mundo mais só agora / O tempo chora, porque passou”. Mas aponta para a esperança: “Mas há futuro, eu vi tanta luz / Janelas guardam almas, quem fechou?”.
A música inédita será lançada nas plataformas digitais nesta sexta-feira, dia 9. O vídeo estreia no sábado (10), às 15 horas, no canal de Oswaldo Montenegro no YouTube, e conta com as participações especiais da violoncelista Janaína Salles e da flautista Madalena Salles.