Conhecida como a mais internacional banda de rock brasileira, o Sepultura está promovendo a turnê do álbum “Quadra”. Lançado ainda em 2020, o disco é o mote para as apresentações do grupo formado por Andreas Kisser (guitarra), Derrick Green (vocal), Paulo Xisto Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria). Nesta semana, a turnê passa pelo Sesc Presidente Prudente (dia 13) e Belenzinho, em São Paulo, em duas apresentações na Comedoria da unidade, dias 14 e 15 (sexta e sábado).
O disco “Quadra”, inspirado no antecessor “Machine Messiah”, é o foco do repertório da noite. Para Andreas, “Quadra” é a consequência do crescimento como banda e o resultado de se explorar novas possibilidades. “O lado A é mais tradicional, thrash metal, que representa o discurso do Sepultura, mas com elementos novos; o B é mais percussivo, com ritmos brasileiros; o C vai um pouco mais além com o violão, tem o instrumental como característica geral; e o D é aquela coisa mais ‘groovada’, lenta, com melodia”, explica.
Depois das apresentações no Sesc Belenzinho, Sepultura segue para show da turnê em Piracicaba, na unidade local do Sesc, no próximo dia 20. No mês de agosto, a banda que canta todo o repertório em inglês — e tem entre os sucessos “Roots Bloody Roots”, “Orgasmatron”, “Territory”, “Refuse/Resist” e “Ratamahatta” –cumpre agenda na Europa. Serão 21 shows em 30 dias, em países como Portugal, França, República Tcheca, Inglaterra, Alemanha, Polônia e Áustria. A visita a essas localidades também aconteceu em 2022, em uma extensa temporada da turnê de Quadra e reforça a relação estreita que o grupo tem com o público de diferentes países.
Gravado na Suécia, o álbum tem produção, mixagem e masterização assinadas por Jens Bogren, que já havia participado da equipe do Machine Messiah. A principal novidade ficou por conta da participação de Emmily Barreto, da banda Far From Alaska, que divide os vocais com Derrick na faixa de encerramento. No palco, a banda reforça o conceito do trabalho ao desmembrar a palavra “quadra”, que pode ser usada com diferentes conotações. “Todos nós viemos de diferentes quadras — países e nações com suas fronteiras e tradições, cultura, religiões, leis, educação e um conjunto de regras dentro das quais a vida acontece. Nossas personalidades, crenças, o modo de vida, a construção das sociedades e dos relacionamentos… Tudo depende desse conjunto de regras com as quais crescemos”, afirma Kisser.
Durante o isolamento social, em 2021, o Sepultura lançou ainda o álbum “SepulQuarta”, criado a partir de um quadro semanal que a banda promoveu em seu canal do YouTube, em que revisitou seu repertório clássico, mas também tocou músicas que não costumam figurar em setlists. Tudo isso foi feito contando com participações especiais de nomes como João Barone (Os Paralamas do Sucesso), Matt Heavy (Trivium) e Scott Ian (Anthrax), entre outros.
