O cantor e compositor Vitor Ramil lança nesta quinta-feira, dia 10, seu novo álbum, “Mantra Concreto”, dedicado à poesia do curitibano Paulo Leminski (1944/1989), que teria completado 80 anos em agosto deste ano. O disco nasceu no período da pandemia, em 2021. Isolado em casa, Vitor Ramil mergulhou na obra do poeta e compôs treze melodias para treze poemas.
Com a colaboração dos músicos de base e co-produtores Alexandre Fonseca e Edu Martins, Vitor Ramil encarou o desafio de expressar a personalidade da obra de Paulo Leminski trabalhando de forma minuciosa. “Eu estava em Pelotas, Alexandre no Rio de Janeiro, Edu em Porto Alegre. Os músicos convidados, André Gomes (sitar, guitarra), Carlos Moscardini (violão), Santiago Vazquez (kalimba) e Toninho Horta (guitarra) estavam, respectivamente, em São Paulo, Argentina, Uruguai e Belo Horizonte. Vagner Cunha (violino), José Milton Vieira (trombone) e Pablo Schinke (violoncelo) estavam em Porto Alegre. Nunca tocamos juntos, mas o resultado foi como se tivéssemos nos reunido na casa de Leminski, no bairro Pilarzinho, em Curitiba”, pontua Ramil.
“Durante a pandemia, justamente por estar isolado em casa, fui contaminado pela poesia de Paulo Leminski. Certo dia, enquanto lia o poema ‘Sujeito Indireto’, passei a mão no violão e minha imunidade baixou. O trecho “Quem dera eu achasse um jeito, de fazer tudo perfeito” logo virou canção. No dias subsequentes a cena se repetiu com outros poemas. Em três semanas, treze poemas, treze canções: ‘De repente’, ‘Teu vulto’, ‘Administério’, ‘Amar você’, ‘Profissão de febre’, ‘Palavra minha’, ‘Um bom poema’, ‘Anfíbios’, ‘Será quase’, ‘Sujeito indireto’, ‘Minifesto’, ‘Caricatura’ e ‘Mantra Concreto'”, explica o artista.