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Claudia Raia estreia em São Paulo musical “Cantando na Chuva”

Foto: Caio Gallucci

Inspirado no clássico do cinema norte-americano de 1952, o musical “Cantando na Chuva” estreou, no último sábado (12), em São Paulo. Os papéis icônicos interpretados por Gene Kelly e Jean Hagen agora ganham vida através de Jarbas Homem de Mello e Claudia Raia. A atriz, considerada a principal estrela do teatro musical brasileiro, é uma das produtoras do espetáculo, que ficará em cartaz até o final do ano no Teatro Santander (Shopping JK).

A história se passa nos idos de 1920 em plena Hollywood. Os atores Don Lockwood (Jarbas Homem de Mello) e Lina Lamont (Claudia Raia) são as estrelas da época, o casal preferido da indústria cinematográfica. Sucesso entre o público, os dois são os queridinhos da mídia, que aposta num relacionamento mais íntimo entre eles, algo que jamais existiu.

O sucesso do casal, entretanto, é abalado com a transição do cinema mudo para o falado, que logo se torna a sensação do mercado. Dispostos a não perder o que conquistaram, Don e Lina se veem obrigados a produzirem um filme para atender às expectativas da época.  Juntos, eles precisam superar as dificuldades que essa “nova interpretação” representa para os dois, e assim se manterem no topo. Nesse processo, entram duas figuras importantes para o sucesso da investida do casal: Kathy Selden (Bruna Guerin) e Cosmo Brown (Reiner Tenente).

A direção do musical está a cargo do americano Fred Hanson, conhecido por seus trabalhos em “Miss Saigon”, “Les Misérables (EUA)” e “O médico e monstro”. “Para os fãs do filme, eu diria que eles verão seus momentos favoritos no palco, com o mesmo tom, felicidade, humor, dança e música do filme. Mas tudo isso sendo vivenciado bem de perto”, explica o diretor.

“Cantando na Chuva” recebe todos os cuidados dignos da superprodução que é. Para a lendária cena em que Don Lockwood sapateia na chuva, o teatro ganhou dois tanques, com capacidade total para mais de oito mil litros de água, que produzirão o efeito da chuva. O palco do Teatro Santander também foi adaptado para receber um sistema de filtragem da água e outro de aquecimento, que manterá a temperatura em 29° C. Uma rede de drenagem com bombas fará a receptação para reutilização da água, evitando qualquer desperdício. Do assento, o público assistirá de perto à magia de uma das cenas mais marcantes do cinema.

Para as audições, realizadas em março, a produção recebeu 1200 currículos e pré-selecionou 300 candidatos. “Fizemos uma série de testes ao longo de uma semana. Vimos as mesmas pessoas mais de uma vez para realmente entender bem as habilidades delas. É um espetáculo difícil nesse sentido, porque tem sapateado, dança tipo jazz da Broadway, canto, interpretação e, claro, perfil da personagem. E não é fácil reunir todos esses quesitos, compor um grupo que supra todas as necessidades criativas do espetáculo”, explica Fred. Trinta artistas e uma orquestra com 14 músicos integram o elenco de “Cantando na Chuva”.

“Em ‘Cantando na Chuva’, as músicas e as coreografias são a alma do espetáculo. O público pode ir preparado para se emocionar ao som dos grandes clássicos do filme original adaptados para o português”, diz Claudia Raia. Ao todo são 15 canções, versões das músicas originais do filme, feitas por Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler, entre elas “Make Them Laugh”, “Good Morning” e, é claro, “Singing in the Rain”. A direção musical é de Carlos Bauzys.

(Nota atualizada em 14 de agosto)

 

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