Desde muito cedo a arte está presente na vida da jovem Luiza Oliveira. A cantora mineira de 21 anos, que escolheu o pop como sua verdade musical, estudou ballet clássico por mais de uma década (“com dois anos eu já frequentava a escola de dança”) e chegou até a se apresentar no exterior, em cidades como Miami e Nova York. Aos 16 anos, ganhou um violão do padrinho e decidiu que trocaria o ballet pela música. “Tudo foi muito rápido. Assim que aprendi os três primeiros acordes, já compus minha primeira música, Agora”, lembra ela que continuou compondo, mas fazendo letras principalmente em inglês. Dois anos mais tarde, conversou com o cantor Sergio Reis, que lhe aconselhou a escrever em português e a investir na carreira profissional.
Assim surgiu o EP independente que Luiza está divulgando desde o início do ano, cujo título é o mesmo de sua primeira composição. Ao todo, são seis faixas, quatro delas autorais: a citada Agora, Tesouro, Nós e Ponto final. Completam o repertório Traz o nosso amor (Liah Soares e Marianna Eis) e Tente outra vez (Marina Araújo). Segundo Luiza, o repertório reflete as diferentes emoções vivenciadas pelas pessoas da sua faixa etária. “Às vezes a gente é relax, tipo uma balada, e às vezes faz coisas rock and roll”, resume ela, cujas influências vão de Nirvana a Elis Regina, passando por Nando Reis, Cassia Eller e Marjorie Estiano, além das jovens cantoras internacionais Bea Miller (americana) e Ella Eyre (britânica).
Nos últimos meses, Luiza esteve visitando emissoras de rádio no interior São Paulo, Minas Gerais e estados do sul e voltou muito animada. “A música Nós está entre as 20 mais tocadas do país no segmento pop/rock. Sinceramente me surpreendi com a receptividade dos radialistas e do público das cidades. Todos disseram que o mercado brasileiro estava precisando de uma representante jovem no pop. E eu quero que a geração da minha idade se inspire em mim. Quero ser essa figura, alguém que fale sobre futuro, indecisão, relacionamentos, questões que nos afligem”, diz Luiza, que por enquanto não cogita cantar nada que não seja nesta linha. “Gosto de sertanejo e de funk, por exemplo, mas prefiro rock e pop, gêneros com os quais eu mais me identifico. Essa é a minha verdade”, pontua.
HIT DE GUILHERME ARANTES
No início de setembro, Luiza Oliveira começou a trabalhar um novo single, que não faz parte do seu EP. Trata-se da versão “encorpada” para Olhos vermelhos, sucesso de Guilherme Arantes dos anos 1980. Produzida por Marcos Kleine (guitarrista do Ultraje a Rigor) e Pit (da banda PAD), a gravação ganhou peso roqueiro, com muitos riffs de guitarra. O clipe estreou no dia 31 de agosto no Canal BIS/Multishow, no PGM Set List e nos canais de clipe da Globosat.
Paciente e bem orientada por seu staff, Luiza somente agora começa a planejar sair em turnê pelo país. Até então, tem se apresentado apenas na Grande Belo Horizonte, onde seu trabalho está mais consolidado. Tendo o apoio no palco de quatro músicos (guitarras, bateria e baixo), a jovem artista mostra as músicas do EP, a regravação do hit de Guilherme Arantes e versões pessoais para músicas que fazem sua cabeça, como Por onde andei (Nando Reis), Você sempre será (Marjorie Estiano), I kissed the girl (Katy Perry) e Proibida pra mim (Charlie Brown Jr.). “É como meu produtor Kalil Higa diz: primeiro é preciso fidelizar o público e só depois cair na estrada. Sem ansiedade. Aprendi que tudo tem seu tempo”, afirma.
Uma forma de ampliar a base de fãs e de criar fidelização são as redes sociais. Entre as ações que ela tem realizado na web, com ótimo resultado, estão as lives semanais no Facebook, em que canta, responde perguntas dos fãs e apresenta novidades. Uma dessas novidades, a partir de novembro, será o lançamento de um novo single a cada três meses. “Vamos começar pela internet, para na sequência passar para a promoção no rádio. Serão faixas autorais. Já tenho algumas prontas, produzidas por Felipe Fantoni e Marcio Brant (responsáveis pelo EP da cantora). Estamos escolhendo qual será a primeira ser lançada”, finaliza.