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Em entrevista, Zeeba fala sobre projetos para 2018

Zeeba é um daqueles artistas considerados fora da curva no atual cenário da música brasileira. O jovem se tornou popular ao apostar numa vertente pouco explorada em terras nacionais – o folk eletrônico. O artista ganhou campo neste cenário ao unir forças com os DJs Alok e Bruno Martini. Juntos, eles lançaram o megahit Hear Me Now e conquistaram o mundo. No Spotify, a faixa é recordista de streams, considerando os brasileiros com músicas na plataforma. São cerca de 300 milhões em nível mundial. No YouTube, o clipe alcançou 200 milhões de views. Aqui no Brasil, a faixa aproximou a e-music da música pop. Ela é executada com frequência em grandes festas populares e eventos rurais. Na sequência, Zeeba e Alok divulgaram Never Let Me Go, que também chegou facilmente ao topo das paradas.

Aproveitando este sucesso, Zeeba se prepara para lançar seu primeiro EP. O projeto ganhará as praças no primeiro trimestre e, junto com o lançamento, o artista realizará shows solo com sua banda. “Dividirei minha agenda entre shows solo e apresentações com o Alok. Será um grande passo na minha carreira, mas este é o momento. O trabalho virá calcado no eletrônico, mas com novidades que caracterizam a minha carreira de cantor”, promete Zeeba. Confira abaixo estas e outras declarações do artista.

Show Business + SUCESSO – Você é um dos principais artistas do segmento folk eletrônico. Fale a respeito.
Zeeba – É claro que o meu trabalho tem algumas particularidades que fazem com que ele se destaque, mas também há outros artistas internacionais que também vão muito bem neste segmento. Aqui no Brasil, não conheci nenhum nome, ainda, que tenha um som parecido com o meu. Mas acredito que abri uma porta para esta nova vertente no mercado brasileiro e com certeza surgirão artistas parecidos comigo.

Como funcionam as parcerias na e-music? Você escreve letra e melodia e procura o DJ que mais se encaixe àquela ideia ou compõe por encomenda (do DJ)?
As músicas que fiz com DJs sempre partiram do violão. Um grande parceiro na música é o produtor Bruno Martini. No caso dele, faço letra e melodia e, no estúdio, o Bruno faz a produção – enquanto eu funciono como co-produtor. Há casos em que criamos a música no piano, em cima de alguns acordes do Bruno. Não existe regra.

No cenário musical, o DJ acaba assumindo uma popularidade maior. Como você lida com isso?
Depende muito do caso. Por exemplo, o Alok sempre teve uma popularidade maior que a minha. E mais: comecei minha carreira solo quando ele já estava na estrada, então nada mais justo, pela ordem dos fatores, que ele ser bem mais conhecido que eu. A faixa Hear Me Now, lançada em parceria com ele, foi o meu primeiro trabalho eletrônico, que abriu todo esse universo para a minha carreira. Acredito que vou conquistando meu espaço como compositor. É um fator normal. Todo mundo tem sua hora. O Alok me ajudou bastante na divulgação do meu nome. Hear Me Now chegou em muitos lugares onde talvez não chegasse se fosse lançada no formato original, numa pegada indie rock. Ainda sobre essa música, acredito que foi uma troca, pois o Alok naquele momento precisava de uma música que tivesse uma melodia cantada.

Sente vontade de lançar um disco completo ou um EP?
Com certeza! Os discos e os EPs vão mostrar minha identidade como artista. Em 2018 com certeza concretizarei esse projeto. Este é o grande momento de me firmar como artista solo. Mas por enquanto, ainda trabalharei no lançamento de singles. Em dezembro lancei mais uma música eletrônica em parceria com o Bruno Martini – a faixa With Me. Trata-se de um projeto grandioso e internacional, com a parceria do Timbaland. Em janeiro sairá minha primeira música solo, somente com a minha assinatura. Depois disso, trabalharei no EP, que virá com toda a bagagem de arranjos eletrônicos. O que virá não será tão distante de Hear Me Now. Mas, claro, com elementos novos para surpreender o público.

Cada vez mais os grandes escritórios de música sertaneja se aproximam do eletrônico, sobretudo colocando o gênero no line-up de seus eventos. Como você analisa essa manobra de mercado?
Essa aproximação foi bem natural. E acredito que muito disso deve-se a Hear Me Now, pois a música atingiu não apenas o público de música eletrônica mas também agradou bastante as pessoas que curtem outros estilos musicais, inclusive o sertanejo. Melhor: de diversas faixas etárias. O sertanejo há tempos é o pop do Brasil e Hear Me Now e todo o contexto eletrônico também estão se tornando pop. Quanto mais popular a música eletrônica se tornar, melhor para o mercado.

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