O uruguaio Jorge Drexler foi o principal vencedor da edição deste ano do Latin GRAMMY, realizada ontem, 15, em Las Vegas. O artista ganhou o cobiçado troféu nas categorias Canção do Ano e Gravação do ano, com sua balada “Telefonia”, além de vencer na categoria Cantautor, com o álbum “Salvavida de Hielo”. Drexler, que durante um bom tempo na véspera da premiação conversou sobre projetos profissionais com a brasileira Maria Rita, ficou visivelmente surpreso com a eleição dos membros da Academia Latina. Ainda que o público presente ao MGM Garden Arena (cerca de 20 mil pessoas), tenha aplaudido o principal vencedor da noite, a preferência popular era pelo astro colombiano, J.Balvin.
Balvin concorria em oito categorias, incluindo a de Música do Ano (“Downtown”, gravada com Anitta) e acabou ganhando apenas uma estatueta, referente a Álbum Urbano (“Vibras”). De qualquer forma, o colombiano que hoje ocupa o posto de número 1 do pop ibero-americano, levantou o público ao mostrar dois números musicais.
O disputado “Álbum do Ano” foi para o cantor Luis Miguel, pelo disco “México por Siempre! No Pop tradicional, a vitória foi de Laura Pausini, com seu disco “Hazte Sentir”. Na versão contemporânea do gênero, ganhou “F.A.M.E.”, do colombiano Maluma. Como a música da Colômbia nunca esteve tão em evidência, o prêmio de Revelação do Ano acabou ficando com Karol G, outra representante do país sul-americano.
Outro destaque foi a sensação espanhola Rosália, que ganhou dois Latin GRAMMYs, nas categorias “Melhor Fusão Urbana” e “Canção Alternativa”, pela faixa “Malamente”, que mistura o tradicional flamenco com o contemporâneo e urbano trap.
Considerando as categorias gerais, o Brasil levou um gramofone dourado neste ano: Hermeto Paschoal & Big Band ganharam na categoria Jazz Latino, com o disco “Natureza Universal”. A outra categoria com muitas chances para os brasileiros, de Música Instrumental, acabou vencida pelo venezuelano Miguel Siso (álbum “Identidad”). Ele concorria com projetos de Yamandu Costa, Hamilton de Hollanda, Airto Moreira e Hermeto Paschoal.
Os prêmios referentes aos projetos em língua portuguesa foram entregues por Yamandú Costa, que também fez uma performance no evento, arrancando aplausos da plateia por seu virtuosismo ao violão. A gaúcha Anaadi, com o disco “Noturno”, levou o troféu na categoria Pop. Lenine foi o vencedor na categoria Rock com o álbum “Em Trânsito”. Maria Rita emocionou-se muito ao subir no palco para receber o prêmio na categoria “Samba Pagode”, por “Amor e Música”. Ela lembrou que o disco foi concebido e gravado num momento de superação de questões pessoais e reafirmação profissional.
“Caravanas” (o disco e o single), de Chico Buarque, levou o gramofone nas categorias Álbum de Música Popular Brasileira e Canção Brasileira. Já o prêmio para o álbum Música Sertaneja foi dado a Chitãozinho & Xororó (“Em Evidências”) e o de Raízes Brasileiras para o projeto “+AR”, de Almir Sater e Renato Teixeira. A última categoria em língua portuguesa, a de Melhor Álbum de Música Cristã, teve como vencedor o disco “Som da Minha Vida”, de Fernanda Brum.
Ao contrário de anos anteriores, nenhum brasileiro se apresentou na noite de gala — que é transmitida pela rede Univision para 80 países, reunindo performances e entrega de prêmios às dez categorias mais importantes. Porém as cantoras Anitta e Maria Rita subiram ao palco para anunciar os finalistas, respectivamente nas categorias Melhor Álbum de Salsa e Melhor Álbum Pop Contemporâneo.
A lista completa dos vencedores nas 49 categorias está no site www.latingrammy.com