O vocalista Paulo Ricardo tinha apenas 23 anos quando o icônico álbum “Rádio Pirata Ao Vivo” foi lançado. O disco trazia as mesmas canções do LP de estreia do RPM (“Revoluções por Minuto”) e a faixa bônus “London London” (regravação de música composta por Caetano Veloso durante o exílio na Inglaterra). O resto é história. Aliás, um capítulo importante da história da música brasileira. Gravado durante um show dirigido por Ney Matogrosso, o trabalho ao vivo vendeu mais de três milhões de cópias, tornando-se o disco de rock mais vendido da indústria fonográfica brasileira em todos os tempos – e o quarto, contando todos os gêneros.
Trinta e cinco anos depois, é chegada a hora de celebrar e, principalmente, relembrar o fato. Em carreira solo, Paulo Ricardo iniciou a turnê comemorativa “Rádio Pirata – 35 Anos”, no último dia 7 de setembro, no Imperator, no Rio de Janeiro. Nesta noite (quinta), ele levará o espetáculo a Piedade de Caratinga, no interior de Minas. E no sábado (28), estará no município pernambucano de Toritama. Já em outubro, deve voltar a se apresentar em grandes cidades e capitais, a começar por Belém, no dia 5.
Em entrevista recente ao portal Terra, o cantor revelou que o atual espetáculo é totalmente inspirado no show dirigido por Ney, em 1985: “Na realidade, pode-se dizer que é uma reedição daquele show. É como se nós estivéssemos dando continuidade à turnê, com um pequeno lapso de 35 anos. Estamos fazendo questão de manter todos os elementos ‘vintage’, incluindo os lasers. Todas as marcações que o Ney criou, cenário, iluminação, está tudo lá. Isso faz parte da ‘viagem ao tempo’ que a gente quer proporcionar”. Entre os clássicos daquele álbum que o público poderá curtir, destacam-se “Louras Geladas”, “Rádio Pirata”, “Revoluções por Minuto”, “A Cruz e a Espada” e “Olhar 43” (abaixo).