Nem só de sons festivos e dancinhas que viralizam vive o mercado de shows na estação mais quente e vibrante do ano. No dia 7 de janeiro, por exemplo, acontece no Rio de Janeiro a estreia do projeto “Terças no Ipanema”, que pretende levar a música de volta ao Teatro Municipal Ipanema Rubens Corrêa em caráter permanente, sempre neste dia da semana, enquanto os demais dias continuam destinados a apresentação de espetáculos teatrais.
Quem abre o “Terças no Ipanema” é a cantora e compositora Joyce Moreno, ela própria assídua frequentadora do Teatro, no palco e na plateia. “Fiz várias temporadas neste espaço nos anos 1970 e 1980. Lembro especialmente de uma em 1979, chamada ‘Feminina’, onde eu dava uma prévia do álbum que faria no ano seguinte”, lembra Joyce. A temporada da artista carioca, batizada de “O Janeiro do Rio”, será nos dias 7, 14, 21 e 28 de janeiro.
Nas duas primeiras terças-feiras, dias 7 e 14 de janeiro, Joyce recebe Jards Macalé, parceiro e amigo de longa data. Nas terças seguintes, 21 e 28, os convidados serão o baixista Jorge Helder e o baterista Tutty Moreno. “A ideia é oferecer dois shows diferentes: um de voz e violão (dias 7 e 14), em que vou cantar canções bem cariocas minhas, como “Tardes Cariocas”, e de compositores como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Carlos Lyra e Paulinho da Viola. Jards participa dividindo alguns sambas antigos, como os de Dorival Caymmi, e “Um Abraço do João” que fizemos juntos”, conta.
Nos shows que acontecem nos dias 21 e 28 de janeiro, Joyce Moreno terá a companhia do baixista Jorge Helder e do baterista Tutty Moreno, em uma formação de trio. Já indicado ao GRAMMY Latino na categoria de Melhor álbum de Jazz, o baterista Tutty Moreno participou de shows e discos emblemáticos de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Jards Macalé, produzidos em Londres nos anos 1970, entre outros inúmeros artistas. Imprimiu seu estilo na bateria nos discos que Joyce gravaria a partir de “Feminina”, de 1980. Requisitado por grandes nomes da MPB, como baixista e produtor, Jorge Helder acaba de lançar um projeto solo com obras de Chico Buarque, com quem toca há décadas. O clima deste encontro será um pouco mais jazzístico: “O repertório vai continuar carioca, com composições minhas, mais recentes, e também de Chico Buarque”.
Vale lembrar que o antigo Teatro Ipanema revelou artistas como Marina Lima, Cazuza, Jards Macalé, Angela Ro Ro, Marisa Monte, Eduardo Dussek e a banda Barão Vermelho, entre muitos outros.
