
A partir de 8 de janeiro, o Teatro Claro Mais, em Copacabana, Rio de Janeiro, recebe a nova temporada de “Djavan – O Musical: Vidas pra Contar”. O retorno à Cidade Maravilhosa, onde o espetáculo estreou e fez temporada com sessões lotadas, chega após turnê que passou por São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e Maceió, entre outras cidades.
Idealizado por Gustavo Nunes, com direção artística de João Fonseca e texto de Patrícia Andrade e Rodrigo França, o espetáculo percorre a trajetória e a obra do cantor e compositor alagoano a partir de episódios de sua vida pessoal e artística. A dramaturgia organiza esses momentos tomando a própria criação musical do artista como eixo da narrativa, conectando experiências, encontros e escolhas que marcaram sua história.

“Djavan é Djavan. Ele é de todos, ele é samba, ele é forró, ele é Gonzaga, ele é jazz. Falar de um artista nordestino, negro, vivo, é uma responsabilidade enorme, mas também é uma alegria sem tamanho. A gente está construindo essa história com muito respeito, com liberdade cênica, mas também com cuidado para que cada detalhe, cada sotaque, cada música fale a verdade dele”, diz João Fonseca.
Com cerca de duas horas de duração, o musical tem direção musical assinada por João Viana, filho do homenageado, ao lado de Fernando Nunes. O repertório reúne canções que marcaram a carreira de Djavan e atravessam diferentes momentos de sua produção, como “Oceano”, “Um Amor Puro”, “Meu Bem Querer”, “Correnteza” e “Luanda”, além de outras composições que ajudam a delinear a identidade de uma obra reconhecida pela diversidade de influências — do samba ao jazz, do pop aos ritmos afro-brasileiros.
Raphael Elias interpreta Djavan em diferentes momentos da narrativa. Negro e natural de Divinópolis (MG), o ator construiu sua trajetória artística a partir do interior de Minas Gerais, movido pela paixão pela música e incentivado pela família, até alcançar seu primeiro papel de protagonismo em uma grande produção nacional.

A montagem combina música, teatro e dança para retratar episódios pessoais e profissionais de Djavan, abordando momentos decisivos e os caminhos trilhados pelo artista ao longo dos anos. Cenografia, figurinos, iluminação e coreografias são concebidos para evocar o universo estético de Djavan, cuja obra transita entre samba, jazz, pop e ritmos afro‑brasileiros. Arranjos cuidadosos e uma encenação que valoriza a força de suas composições reafirmam a originalidade e a relevância de um repertório que segue influenciando gerações.
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