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UBC homenageia e premia paraense Dona Onete

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Cantora e compositora de destaque, a paraense Dona Onete, de 83 anos, ganhou justa homenagem da União Brasileira de Compositores (UBC) na quarta-feira, dia 22. A principal associação de autores do país realizou no Theatro da Paz, em Belém, um show em homenagem à artista e concedeu a ela o Troféu Tradições, criado para reconhecer o trabalho de artistas e movimentos que contribuem para a formação da cultura brasileira. A premiação e o show — que contou com nomes como Fafá de Belém, Jaloo, Mestre Damasceno, Lucas Estrela, Félix Robatto e Aqno Carimbó Sancari — foram transmitidos via YouTube, pelo canal da UBC.

“Em 2022, celebramos 80 anos de UBC. Essa trajetória será comemorada de forma singular e plural com o Troféu Tradições, em homenagem a Dona Onete, artista paraense talentosa e corajosa, que é uma das principais representantes do carimbó”, afirmou Marcelo Castello Branco, diretor executivo da associação. “Esta é a primeira vez que ela se apresenta no tradicional Theatro do Paz, e nós da UBC ficamos felizes em ajudá-la a realizar esse sonho”. “Dona Onete é a tradição que não tem tempo, que se renova como o vento, e nos surpreende a todo momento”, completou Paulo Sérgio Valle, presidente da UBC .

Segundo dados da UBC, Dona Onete tem mais de 300 canções registradas em seu nome, incluindo boleros, carimbós, banguês e lundus, entre outros gêneros. Desde 2012, quando chegou às lojas seu primeiro disco, “Feitiço Caboclo”, lançou outros três — “Banzeiro” (2016), “Flor da Lua” (2018) e “Rebujo” (2019) —, além de diversos singles e participações com outros artistas, como Gaby Amarantos, Francisco El Hombre, Bangalafumenga e BNegão. A fonte de inspiração vem de histórias que ouve por aí, principalmente as de amor. Entre seus hits mais conhecidos estão “Jamburana” e “No Meio do Pitiú”.

No momento, dona Onete trabalha em um novo disco de inéditas, com canções alusivas à Ilha de Marajó, sua terra natal. “Apesar dos meus 83 anos, espero fazer muita coisa ainda, e espero também ajudar outras pessoas a subirem — como me ajudaram um dia. Tenho uma banda maravilhosa e estou fazendo cada vez mais músicas. Não estou envolvida com internet, televisão, essas coisas, quero estar sempre neste mundo, recuada, bebendo dessa fonte que é a cultura paraense. Quero falar do meu Marajó, o lugar que eu nasci, que é uma enciclopédia de cultura”, afirma a artista.

Esta é a segunda vez que o troféu Tradições homenageia uma compositora. Na primeira edição do prêmio, em 2021, a UBC homenageou Anastácia, conhecida como “Rainha do Forró”. Natural do Recife, a artista é parceira de Dominguinhos em mais de 250 canções

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