O Teatro Rival Petrobras, no centro do Rio de Janeiro, recebe nesta quinta-feira, 5 (às 19h30), um show especial. O grupo A Cor do Som, que marcou época no final dos anos 1970 e anos 1980, com inúmeros sucessos, acaba de completar 40 anos de carreira e, para celebrar, apresenta o show relativo ao álbum “A Cor do Som – 40 anos”, que chega agora ao mercado no formato físico. O grupo – que mantém a formação original com Armandinho (guitarra e voz), Dadi (baixo e voz), Mú Carvalho (teclados e voz), Gustavo Schroeter (bateria) e Ary Dias (percussão) – vai contar na apresentação com participações dos músicos Luiz Lopes (guitarra e vocal) e Pedro Dias (baixo e vocal), da banda Filhos da Judith.
No show de lançamento do CD, o grupo apresentará novas canções como “Alvo Certo”, de André Carvalho e Dadi Carvalho, e “Somos da Cor”, de Armandinho e Maria Vasco, além de releituras de seus maiores sucessos, como “Abri a Porta”, de Gilberto Gil e Dominguinhos; “Alto Astral”, de Mú Carvalho, Dadi e Evandro Mesquita; “Zanzibar”, de Armandinho e Fausto Nilo; e “Swingue Menina”, de Mú Carvalho e Morais Moreira.
O novo disco conta com convidados ilustres: Gilberto Gil (voz e violão em “Abri a Porta”), Roupa Nova (em “Alto Astral”), Samuel Rosa (voz em “Zanzibar”), Lulu Santos (voz em “Swingue Menina”), Djavan (voz em “Alvo Certo”), Paulinho Moska (violão e voz em “Magia Tropical”), Flávio Venturini (órgão e voz em “Eternos Meninos”) e Natiruts (em “Semente do Amor”).
Com sua inusitada e orgânica fusão de pop, choro, trio elétrico e progressivo, A Cor do Som foi a grande surpresa da música brasileira no fim dos anos 1970, antecipando o rock que iria imperar na década seguinte. O grupo começou a nascer no primeiro álbum solo de Moraes Moreira, em 1975, recém-saído dos Novos Baianos. Estavam nessas gravações Dadi (o jovem baixista carioca que tinha entrado para a comunidade musical dos Novos Baianos e também tocava com Jorge Ben), Armandinho (o mestre da guitarra baiana e do bandolim, filho do Osmar, um dos inventores do trio elétrico) e Gustavo (outro carioca, baterista que veio do grupo A Bolha e também músico de Jorge Ben), com Mú (pianista e tecladista, irmão caçula de Dadi) estreando profissionalmente em uma faixa – e, logo em seguida, incorporado à banda nos shows. Já Ary Dias (percussionista baiano que veio de Banda do Companheiro Mágico), tocou no disco de estreia d’A Cor, mas só entrou oficialmente, completando a formação clássica, a partir do segundo álbum.
Após dois discos instrumentais de grande repercussão junto à crítica, “A Cor do Som” (1977) e “Ao vivo” (registro do show no Festival de Jazz de Montreux , em julho de 1978), as portas se abriram de vez para o grupo quando Armandinho, Dadi e Mú também assumiram os microfones. Parcerias deles com Moraes Moreira e Fausto Nilo ou composições feitas especialmente para A Cor por Caetano e Gil garantiram as altas execuções nas emissoras de rádio e TV e os shows lotados por todo o Brasil.
Assista o grupo A Cor do Som cantando o hit “Beleza Pura”: