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Amigos homenageiam Aldir Blanc em álbum inédito

aldir blanc

Para homenagear Aldir Blanc, que morreu em maio do ano passado vítima de complicações da Covid-19, a Biscoito Fino está lançando o álbum “Aldir Blanc Inédito”, em que grandes nomes da música brasileira, amigos e admiradores do poeta,  interpretam 12 canções inéditas. Nesta sexta-feira, 24, o projeto estreou nas plataformas de música para, em outubro, ganhar edição física, em CD.

Com arranjos de Cristóvão Bastos e produção musical de Jorge Helder, o projeto gravado de julho a agosto deste ano, seguindo todos os protocolos necessários, estabelece uma transversal do tempo dos parceiros de Aldir. Vai de João Bosco (com quem fez diversos clássicos desde que se conheceram, na virada para 1970), passa por Guinga, Moacyr Luz e Cristóvão Bastos, e chega ao ator/cantor Alexandre Nero, último parceiro de Aldir.

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Chico Buarque, Leila Pinheiro e João Bosco estão entre os destaques do disco

A ideia do álbum surgiu quando Mary Lúcia de Sá Freire, viúva do compositor, voltou de uma viagem ao sul do País, no início deste ano. Determinada a rever sua nova jornada e honrar a memória de Aldir, Mary reuniu manuscritos, letras e poesias inéditas, material que chegou até a gravadora carioca pelas mãos da cantora e compositora Ana de Hollanda e de Sônia Lobo, administradora da Nossa Música, braço editorial da Biscoito Fino. “Aldir Blanc Inédito” tomou forma a partir da contribuição de parceiros e amigos de Aldir Blanc: algumas músicas já estavam finalizadas, outras ganhariam melodias neste ano. O projeto foi gravado em tempo de celebrar os 75 anos do compositor e cronista, nascido em 2 de setembro de 1946.

“Aldir Blanc Inédito”, que tem capa do ilustrador Elifas Andreato, abre com João Bosco interpretando um daqueles típicos sambas da parceria Bosco/Blanc, que retratam o clima da boemia carioca. A música foi feita para uma campanha publicitária de cerveja por volta de 2013/2014, mas não foi aproveitada. João juntou várias ideias de Aldir e fez uma segunda parte. Ao completar a canção, batizou-a de “Agora eu Sou Diretoria”. Moacyr Luz, outro parceiro de Aldir, assina três músicas do álbum. Em 2017, Aldir fez a letra existencial e espiritualista de “Palácio de Lágrimas” pensando na voz de Maria Bethânia. E é a baiana que, acompanhada pelo violão de 7 cordas de João Camarero e pela viola caipira de Paulo Dáfilin, dá a interpretação exata às palavras de Aldir. Moacyr ainda participa como intérprete do samba-canção “Mulher Lunar”, parceria com Luiz Carlos da Vila e Aldir.

Outro destaque do projeto é a participação de Chico Buarque. A relação afetuosa do cantor e compositor com Aldir começou nos anos 70. Anos mais tarde, participou do álbum “Simples e Absurdo” (1991), primeiro compilado das canções de Guinga e Aldir. Ao saber do projeto de inéditas do letrista, escolheu “Voo Cego”, um soneto com o eu-lírico feminino musicado por Leandro Braga.

Repertório e intérpretes do álbum “Aldir Blanc Inédito”:

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 1 – Agora eu Sou Diretoria (João Bosco e Aldir Blanc) – João Bosco

2 – Palácio de Lágrimas (Moacyr Luz e Aldir Blanc) – Maria Bethânia

3 – Baião da Muda (Moyseis Marques, Nei Lopes e Aldir Blanc) – Moyseis Marques

4 – Voo Cego (Leandro Braga e Aldir Blanc) – Chico Buarque

5 – Navio Negreiro (Guinga e  Aldir Blanc)- Leila Pinheiro / Guinga

6 – Provavelmente em Búzios (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc)- Dori Caymmi

7 – Acalento (João Bosco, Moacyr Luz e Aldir Blanc)– Ana de Hollanda

8 – Aqui, Daqui (Joyce/Aldir Blanc) – Joyce Moreno

9 – Mulher Lunar (Luiz Carlos da Vila, Moacyr Luz e Aldir Blanc) – Moacyr Luz

10 – Outro Último Desejo (Clarisse Grova e Aldir Blanc) – Clarisse Grova

11 – Ator de Pantomima (Sueli Costa e Aldir Blanc) – Sueli Costa

12 – Virulência (Alexandre Nero, Antônio Saraiva e Aldir Blanc) – Alexandre Nero

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