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Beth Carvalho volta a se reunir com o Fundo de Quintal

beth carvalho
 

A Música e Mídia, empresa de Afonso Carvalho, reuniu dois ícones do samba para uma série de shows que servirão para o público mais adulto, nostálgico, se deleitar – e para os mais jovens conhecerem um pouco da história do gênero e de seus representantes. Considerada a “Rainha do Samba”, Beth Carvalho divide o palco com seus afilhados do grupo Fundo de Quintal, celebrando os 40 anos do lançamento do antológico disco ‘De pé no chão’. “Recebi um convite da produtora Gisele Tiso para criar um show que promovesse o encontro de dois ícones da nossa música e me dei conta de que em 2018 completam 40 anos do lançamento desse álbum que é um marco na história do samba e da discografia brasileira”, explica Afonso, referindo-se ao disco produzido por Rildo Hora e lançado pela RCA Victor. “Apresentei a proposta à Beth Carvalho, artista de quem sou empresário há 14 anos, e na sequência convidei o querido grupo Fundo de Quintal. Todos adoraram a ideia e assim o projeto saiu do papel”.

O show lançamento da turnê aconteceu dia 1º de setembro no Rio de Janeiro (KM de Vantagens Hall) e passou por São Paulo no dia 28 (Credicard Hall). Em 6 de outubro, foi a a vez de Belo Horizonte (KM de Vantagens Hall BH). Nos próximos meses, outras praças receberão a apresentação, que vem sendo agendada em paralelo aos compromissos tanto da cantora quanto do grupo, que seguem com seus shows individuais.

No repertório, estão as doze canções do disco ‘De pé no chão’, muitas das quais viraram clássicos da nossa música – “Vou festejar”, “Visual”, “Oh, Isaura”, “Marcando bobeira”, “Meu caminho”, “Goiabada cascão”, “Você, eu e a orgia”, “Lenço”, “Passarinho”, “Linda borboleta”, “Que sejam bem-vindos” e “Agoniza mas não morre”. Composições de bambas como Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeia, Martinho da Vila, Monarco, Beto Sem Braço, Jorge Aragão, Nei Lopes e outros. Em se tratando de sonoridades, o diferencial está na participação do Fundo de Quintal, que havia se formado alguns anos antes, trazendo como novidade o uso de instrumentos até então incomuns no ambiente do samba, como o tantã e o repique de mão. Justamente por isso, o grupo nascido no bairro de Ramos (zona norte do Rio) teve projeção nacional a partir deste trabalho de Beth, considerada por isso sua madrinha artística.

Somado ao repertório do produto “quarentão”, integram o set list tanto músicas da discografia da cantora quanto do grupo, como “Coisinha do pai”, “Além da razão” e “Doce refúgio” (sucessos de Beth, compostas por sambistas ligados ao Cacique de Ramos), além de “O show tem que continuar”, “Batucada dos nossos tantans” e “Eu não fui convidado”, do repertório do Fundo de Quintal.
O grupo atualmente é formado por Bira Presidente (pandeiro), Ubirany (repique de mão), Sereno (tantan), Ademir Batera (bateria), Junior Itaguaí (voz e banjo) e Marcio Alexandre (voz e cavaco). No palco, a banda de apoio é composta pelos músicos Carlinhos 7 Cordas (violão 7 cordas, responsável pela direção musical), Dirceu Leite (sopros), André Rocha (percussão), Vitor Souza (violão) e Paulinho Oliveira (baixo). Segundo Afonso Carvalho, já foram iniciadas negociações para o registro em áudio e vídeo do show e posterior disponibilização nas plataformas diitais.

COM DIOGO NOGUEIRA

Esta não é a primeira vez que Afonso Carvalho e seu escritório se envolvem em projetos com dois ou mais artistas no palco – aliás, com a crise financeira, este tipo de iniciativa serve como atrativo para ampliar o apelo junto ao público. “Os projetos especiais sempre tiveram espaço de destaque na vida dos artistas, seja ao vivo ou em disco. Acredito muito na parceria criativa dos artistas com seus empresários, e assim tenho construído minha trajetória com a Beth e com o Diogo Nogueira”, afirma. No caso de Diogo, Afonso refere-se ao premiado projeto Bossa negra, envolvendo o sambista e o músico Hamilton de Hollanda. “O projeto nasceu de um encontro, de uma ideia, e dessa vez a muitas mãos, pois foi um projeto criado por mim com o Diogo, o Hamilton e seu manager Marcos Portinari. Esse projeto é um case de sucesso, pois além do disco, fizemos importantes shows no Brasil e na Europa, e ele ainda nos deu um GRAMMY Latino com a canção Bossa negra”, conclui.

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