Além de live shows, plataformas, artistas e emissoras estão oferecendo ao público opções musicais variadas nesses tempos de isolamento social. O canal fechado Curta!, conhecido por seu conteúdo relacionado às artes e ao pensamento crítico, está exibindo neste mês uma programação repleta de documentários musicais. Daqui até o fim de maio, ao menos três programas nesta linha merecem destaque.
Nesta segunda, 18, às 21h30, o canal exibe “Blitz, o Filme”, de Paulo Fontenelle, que apresenta a história e trajetória da primeira banda consagrada do pop-rock brasileiro, a Blitz. O longa-metragem explora seu surgimento na lona do Circo Voador entre Ipanema e Copacabana, na década de 1980, até às turnês internacionais e o enorme sucesso do grupo que perdura até os dias atuais.
No domingo, 24, às 18h15, uma faceta interessante do trabalho de Maria Bethânia será abordada em “Karingana, Licença Para Contar”, de Mônica Monteiro. A artista baiana leva, pela primeira vez, seu ensaio poético até Moçambique. Bethânia apresenta trechos de obras conectadas com diferentes formas de expressão em língua portuguesa. Com depoimentos de Mia Couto, José Agualusa e de diversos escritores e críticos literários moçambicanos e angolanos, o documentário apresenta o desenvolvimento da literatura em Moçambique e Angola. Trata de temas como a importância da literatura na resistência à colonização, a conexão com idiomas nativos e tradições orais e a influência de escritores brasileiros em Angola e Moçambique.
Pra fechar,no sábado, dia 30, às 22h35, o canal Curta apresenta o documentário “Clara Estrela”, de Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir, sobre a discografia e a vida da cantora Clara Nunes, morta em abril de 1983. “Clara Estrela” narra, por meio de entrevistas em diversos programas de TV e rádio, a trajetória de Clara Nunes, cantora que conquistou o Brasil e vários países do mundo. Ouvimos também as entrevistas de mídia impressa por meio da narração da atriz Dira Paes. Os depoimentos são entrecortados por imagens oníricas que traduzem o universo místico de Clara. Mesmo passados mais de trinta anos de sua morte, a cantora permanece em lugar de destaque na história da música popular brasileira.