Nos próximos dias 15, 16 e 17 (sexta a domingo próximos), acontece no Memorial da América Latina, em São Paulo, mais uma edição do Coala Festival. O evento tem line-up com artistas de diferentes gerações e origens geográficas, com destaque para os nomes do Norte do país, como Fafá de Belém, Suraras do Tapajós e Lucas Estrela. “A curadoria deste ano destaca a riqueza e a diversidade do cenário musical do Brasil e, por isso, levamos uma variedade de gêneros, estilos e artistas que representam diferentes regiões e tradições. Para nós, é fundamental abraçar a grandeza da cultura brasileira e suas raízes e, ao mesmo tempo, abrir espaço para as novas sonoridades que estão surgindo”, avalia Gabriel Andrade, sócio-fundador e curador do festival.
A programação terá ainda Péricles e o rapper mineiro FBC, que tocam no primeiro dia do festival. O projeto OlodumBaiana, que une o poder percussivo do Olodum com a intensidade musical do BaianaSystem – se apresentando pela primeira vez em São Paulo –, é outro destaque, assim como a união de Angela Ro Ro e Letrux e o show especial em celebração aos 50 anos dos Novos Baianos, com Baby do Brasil, Pepeu Gomes e Paulinho Boca de Cantor. Marcus Valle (com Joyce Moreno e Céu), as estrelas do pop dos anos 80 Fernanda Abreu e Marina Lima, Jorge Ben Jor (que fará o principal show no domingo, 17) e Simone também estão no line-up.
Criado em 2014, o Coala Festival, devido ao seu sucesso, acabou por derivar outros negócios para seus organizadores. Ao longo desse tempo, o Coala se tornou mais do que um festival e se firmou como uma marca de música que abrange outras potencialidades. Todas com o mesmo objetivo: colocar a música brasileira no mesmo patamar de artistas internacionais. Assim, nasce o Coala Music, marca guarda-chuva que abriga: Coala Festival (festival de música), Coala Records (selo de música), Coala Management (gerenciamento de carreira de artistas), Coala Studios (conteúdo e consultoria), AKQA Coala.Lab (uma agência criativa com a AKQA) e Coala TV (canal digital de conteúdo de música). “As frentes são negócios já consolidados e premiados dentro do Coala Music, mas que, agora, são apresentadas ao mercado com o intuito de jogar uma luz ao que já é feito nos bastidores”, explica o sócio e diretor criativo Christiano Pix.
O Coala Music teve início com o Coala Festival. Na sequência, veio o Coala Records, que surgiu como uma forma de eternizar encontros que aconteceram no palco do festival e para potencializá-lo. “Em 2022, decidimos transformá-lo em uma frente de negócio de fato, com lançamentos de Da Boca do Lixo, de Nego Bala, Mil Coisas Invisíveis, de Tim Bernardes e Sim Sim Sim, do grupo Bala Desejo — premiado como “Melhor Álbum Pop em Português” em sua primeira indicação ao GRAMMY Latino”, relembra Christiano. Pelo Records, também saiu o último disco do cantor Rubel, AS PALAVRAS, e, recentemente, assinaram com os músicos Bruno Berle e Bebé. “Acreditamos que uma gravadora pode agregar mais do que somente nos fonogramas, então participamos no merchandising e tour de alguns artistas, buscando outras alternativas de receitas para que possam seguir fazendo sua arte”, pontua o diretor criativo. Uma conversa com o rapper BK’ foi o ponto de partida para a oficialização do Coala Management. Já são dois anos à frente da carreira do cantor carioca e, como resultado, BK’ mais do que dobrou os ouvintes mensais e seu cachê em shows, além de ter fechado parcerias com grandes marcas.