Daniel Figueiredo (ao piano) com o músico uruguaio Leo Amuedo
Um dos poucos brasileiros que neste ano aparecem concorrendo em categorias gerais no prêmio Latin GRAMMY é o produtor e músico carioca Daniel Figueiredo. Conhecido por seu consistente trabalho na criação de trilhas sonoras — muitas para novelas da TV Record –, o profissional é finalista na categoria ‘Melhor Álbum Instrumental’ com o disco “Leo Amuedo Plays Daniel Figueiredo”. A cerimônia de premiação acontece no dia 19 de novembro, em Miami, e será transmitida para todo mundo via canal de TV Univisión e redes sociais do prêmio.
Feito em parceria com o músico uruguaio, “Leo Amuedo Plays Daniel Figueiredo”, lançado em 2019, traz dez faixas instrumentais compostas por Daniel Figueiredo. Amuedo, por sua vez, além de manter importante carreira solo, já gravou e acompanhou grandes artistas pelo mundo como Barbra Streisand, Ivan Lins, Maria Rita, Chris Botti, Stevie Wonder entre tantos outros.
“Plays Daniel Figueiredo” (capa abaixo) é um projeto de uma série de álbuns em que artistas interpretam composições de Daniel, em estilos completamente diferentes, levando em conta as características de cada intérprete. “Todas as músicas desse disco, assim como a maioria que componho saem de meus improvisos no piano, que considero o melhor instrumento para compor”, fala Daniel.
Pelas faixas serem minimalistas, muito lentas e mais focadas na conexão com o sentimento (e não visando apenas o primor técnico), Daniel acredita que essa indicação é mais uma prova da imensa sensibilidade de quem vota na premiação, uma das mais importantes da indústria da música. “Todo disco é importante, mas esse em particular foi muito especial para mim, porque é o único que eu lancei até agora só tocando, basicamente, violão — e de uma forma mais tranquila, com menos informação, valorizando muito as notas e o som do instrumento”, comenta Amuedo.
O álbum, que fez parte da trilha sonora da novela “Apocalipse”, da TV Record, conta com a participação do músico Lui Coimbra, que gravou violoncelo em uma das faixas, e Rannieri Oliveira, que além de gravar piano, co-produziu, fez a mixagem e a masterização. “Ser indicado ao GRAMMY já é um prêmio e fazer parte dos cinco finalistas (após uma lista inicial de mais de cem discos), e, ainda, na categoria de música instrumental, que é uma das mais complexas, já é uma vitória”, avalia Amuedo.
