Depois de ter flertado com o pop mais eletrônico, acompanhado por letras densas sobre amores mal resolvidos — casos de “Insegurança” e “Desapaixonar”, que fez parte da trilha da novela “Pantanal” –, a cantora e compositora Jade Baraldo abre 2023 com sonoridades mais orgânicas e um mergulho para dentro. O single “Sei Lá” estreou no final de semana em todos os tocadores digitais, com distribuição da Warner Music, o respectivo clipe foi postado em seu canal no YouTube.
Em “Sei Lá”, Jade Baraldo entra no mar agitado da autorreflexão. Em tom de conversa consigo mesma, ela se despe frente ao espelho e deixa a luz entrar por entre suas rachaduras: “Pra que fingir frieza, menina, se não ameniza a tua dor? / Eu sei que essa máscara pesa tua vida, amarga e confunde o interior / Acenda de volta esse brilho no olhar, não afunda na mágoa profunda / Tu tens tanta coisa bonita pra dar, não afunda no mar, não se afunda”, diz um trecho.
Sobre a canção, a cantora catarinense revela que ela tem uma história bem especial de quando ainda era adolescente. Ela foi feita quando a artista tinha 15 anos e foi uma de suas primeiras poesias/composições falando sobre depressão. “Lembro que fiz ela cantarolando e saiu praticamente inteira. Guardei em algum lugar, acabei esquecendo e, anos depois, ela veio na minha cabeça. Achei ela num grupo de facebook abandonado que criei pra depositar minhas poesias e pensamentos na época e resgatei. Ela me salvou e continua salvando. É daquelas que sem querer acessei um lugar espiritual, tipo uma visão, uma cura, não sei explicar exatamente”, explica.
A ideia do clipe, segundo a cantora, é retratar o peso e a leveza das coisas. “Eu quis explorar a simplicidade da vida. Tem várias referências do livro (e filme) ‘Lolita’, o primeiro que eu li aos 14 anos. Na parte do jardim, eu estou lendo “A Insustentável Leveza do Ser” (Milan Kundera), que fala muito sobre o que esse lançamento representa também”, explica.
Ouça “Sei Lá”, novo single de Jade Baraldo:
