Porto Laguna é o projeto solo de Luciano Garcia, guitarrista e compositor do CPM 22, pelo qual ele está promovendo o EP “Olympéa”, lançado pela Ditto Music. A ideia do projeto nasceu em 2006, mas ainda era algo embrionário. Entre 2006 e 2014, Luciano mergulhou em influências clássicas do blues, gospel, country e folk e começou a construir os primeiros acordes. Nomes como Eddy Arnold, Ray Price, June Carter, Johnny Cash, Loretta Lynn, Elvis Presley e o contemporâneo Chuck Ragan (Hot Water Music) foram importantes para que ele encontrasse sua sonoridade.
Primeiramente, a formação contaria com o guitarrista Thiago Brisolla acompanhando Luciano na voz e violão, mas este último tinha a ideia de que o Porto Laguna precisava de uma voz feminina. Luciano conta: “desde o início tinha um timbre vocal que soava na minha cabeça, mas que não era como as cantoras clássicas do blues e nem uma voz delicada demais”. Depois de um bom tempo procurando, ele encontrou a cantora Kamille Huebner. “Ela me marcou em uma foto e aí fui ver quem era. Entrei no perfil, vi um vídeo com ela cantando e pensei: ‘Achei! Essa é a voz que eu quero.’” Luciano entrou em contato, fez o convite e Kamille enviou um vídeo cantando “Grandes Mares”, faixa que está no EP. Pronto — estava formada a parceria.
No Porto Laguna, o violão foi o protagonista desde o início, alinhando harmoniosamente as sete faixas de “Olympéa” — repletas de melodias, algo naturalmente construído ao longo da carreira por Luciano. “São canções democráticas com letras que vão conversar de perto com quem for impactado por elas. ‘Olympéa’ fala de amor, alegrias, tristezas, fortalecimento e saudades, como as que sentimos dos bons e maus momentos. Os mesmos que fazem com que cada um de nós possa celebrar e seguir em frente, à procura de novos mares e terra firme, para onde sempre retornaremos e onde nos sentimos acolhidos”, diz o artista.
Sobre o título do projeto, ele explica que Laguna é parte do continente sul do Brasil, mais precisamente de Santa Catarina, onde ele esteve há alguns anos sem ainda saber o significado que o nome teria em sua vida. “O CPM 22 foi tocar na cidade de Laguna. Meu filho estava comigo, mas no momento do show ele ficou no hotel com a nossa produtora. Logo que terminou a apresentação, voltei para o hotel e o encontrei dormindo. Deitei ao lado dele e Laguna, como nome, me veio ali”, conta Luciano.
O trabalho de estreia conta muito sobre o porto-seguro de Luciano, que apresenta e representa suas dores e valores em parcerias de vida que vão além da música. O repertório de “Olympéa” é composto pelas faixas “Grandes Mares”, “Blues 66”, “A Culpa”, “Dia de Sorte”, “Aos Poucos”, “Sua Morte” e “Subtrair”.
Ouça “Olympéa”, o EP de estreia do Porto Laguna: