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Divulgador Guerino Francelin celebra 50 anos de carreira

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Guerino, em ação promocional com a dupla Milionário e José Rico

Aos 75 anos, o paulista de Ipuã Guerino Francelin tem uma história de sucesso na indústria fonográfica. Ingressou no mercado há exatos 50 anos, na área de Crédito e Cobrança da gigante EMI Odeon, cujo catálogo hoje pertence à Universal Music. Um ano e meio depois, foi promovido para o setor de Expedição. “Sempre procurei me interessar pela empresa, chegava cedo, trabalhava muito e meu esforço foi reconhecido. Ao completar três anos na companhia, Guerino foi novamente promovido, agora a Gerente de Vendas, quase com abrangência nacional. “Cuidava de 18 estados, incluindo os do Norte, Nordeste e Centro Oeste, além de Minas Gerais”, lembra ele.

Mas em 1979, o profissional resolveu deixar a gravadora, para tocar um projeto pessoal, na cidade de Ituverava (SP), onde residiam seus familiares. “Abri uma panificadora, mas logo percebi que não conseguia me afastar do mercado musical. Por isso, voltei pouco tempo depois. Passei a prestar serviço para o selo Pointer, em cujo cast estavam nomes brilhantes como o das cantoras Rosa Maria, Gal Costa, Leni Andrade e Martinha”, explica Guerino.

No começo do ano de 1981, ele definitivamente retornou ao mercado, através da gravadora 3M do Brasil. Atuava no departamento de Divulgação no interior de São Paulo, Triangulo Mineiro e Sul de Goiás, onde lançou nomes importantes na história da música sertaneja como Leandro e Leonardo, Zezé Di Camargo (ainda em sua fase solo), Sula Miranda e Fátima Leão, entre outros. Em 1983, a 3M foi comprada pela Continental e Guerino Francelin passou a prestar seus importantes e elogiados serviços à nova companhia, que tempos depois foi incorporada — incluindo toda a equipe — pela Warner Music.

Na Continental e depois na Warner, trabalhou com nomes importantes da axé music, como Olodum, Chiclete com Banana e Asa de Águia, além de representantes de diferentes gêneros que fizeram ou até hoje fazem sucesso — casos de Leandro e Leonardo, Chrystian e Ralf, João Paulo e Daniel, Milionário e José Rico, Grupo Molejo, Katinguelê, Os Travessos, Roberta Miranda, Titãs e Kid Abelha.

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O profissional com os irmãos Chrystian e Ralf

Em 1999, Guerino Francelin se aposentou como funcionário de grandes gravadoras. “A partir daí fiz trabalhos de divulgação para vários escritórios artísticos (como Clube da Viola) e gravadoras (como Atração). Depois, em 2008, montei, juntamente com meu filho Eduardo, a  TOP3 Produções, especializada na promoção e divulgação artística em nível nacional”, afirma Guerino, que possui parceria ou vínculo com divulgadores em várias praças do país. Atualmente, a TOP 3 vem trabalhando para gravadoras como Sony Music e Warner Music, além de escritórios que representam nomes de destaque no mercado musical — como Anitta, Ludmilla, Turma do Pagode, Thiaguinho, Belo, Pixote, Nando Reis, Capital inicial, Jota Quest, Jorge e Mateus, João Bosco e Vinícius, Diego e Victor Hugo e Henrique e Diego.

Ao longo da carreira, dentro das gravadoras e prestando serviço a elas – e aos escritórios artísticos – Guerino orgulha-se de ter feito muitos amigos entre seus “divulgados”, com quem mantem relações estreitas. “Tenho várias amizades conquistadas nesses anos todos, e há alguns artistas que de fato se tornaram amigos. Entre eles posso citar Leonardo, João Bosco e Vinicius, Cezar e Paulinho, Milionário e José Rico, Dodô (Pixote)”, afirma.

Indagado a responder se é mais fácil atuar na área de divulgação hoje em dia, quando rádio e TV não são as únicas mídias que alavancam e divulgam carreiras musicais (a internet hoje é tão forte quanto) ou era mais fácil nos anos 70 ou 80, o profissional afirma: “Naquele tempo, não havia as mídias digitas. A execução do trabalho de divulgação se dava de uma outra forma, em um espaço de tempo mais lento. Para que houvesse execução da música era necessário ter o LP em mãos, LP esse distribuído fisicamente pelo divulgador nas rádios e TVs. Éramos nós os divulgadores que apresentávamos cada artista, cada disco, cada música lançada. O processo de gravação dos discos também era lento, com os artistas literalmente atrelados às gravadoras. Hoje tudo é mais imediatista e quase independente. A gravação e distribuição das músicas não depende mais só das gravadoras. Mas apesar das facilidades que a internet nos proporciona de forma instantânea, é indiscutível que o trabalho de divulgação efetivado pelos profissionais ainda faz toda a diferença. A soma da agilidade das mídias sociais com a atuação do divulgador é o segredo da divulgação bem estruturada e coesa”, analisa.

 

 

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