A Luanda Records/Sony Music está disponibilizando nas plataformas nesta segunda, 15, o álbum “D”, 25º disco de carreira do cantor e compositor Djavan. O título-enigmático (que deve ter relação com a primeira letra do nome do artista) nasceu das conversas entre Djavan e Giovanni Bianco, designer brasileiro de presença internacional (já trabalhou, por exemplo, com Madonna), diretor criativo e responsável pela capa e pela direção dos clipes do novo álbum.
Produzido e arranjado por Djavan, “D” traz o repertório todo autoral (em alguns momentos, com parceiros). “São melodias sinuosas, harmonias ricas e surpreendentes, passeio por diversos gêneros e ritmos, e sem qualquer perda do acento pop, pelo contrário. Há hits instantâneos como a própria “Num Mundo de Paz”, uma melodia irresistível sobre base de funk tradicional, as baladas “Primeira Estrada” ou “Quase Fantasia”, a folk “Iluminado”. Como há, também, algumas canções das mais sofisticadas que Djavan fez na vida. Em canções novas, “D” parece conter todas as vertentes da criação de “D”javan. “D”aí, talvez, o enigma a ser decifrado”, escreve o jornalista Hugo Sukman no texto de apresentação do disco, que traz ao todo 12 faixas.
Com as músicas prontas, arranjadas e gravadas, Djavan foi em janeiro de 22 para sua casa de praia na Alagoas natal, onde nos dois meses seguintes todas as letras foram escritas, talvez daí venha a característica tão solar do álbum. Todas, na verdade à exceção de duas: o samba “Êh, Êh!” e “Iluminado”, duas faixas que têm origens e características diferentes das outras dez do álbum. Feito em parceria com Zeca Pagodinho, “Êh, Êh!” foi lançado por Alcione, uma estilista do samba, em 2014.
“Já ‘Iluminado’, a mais nova das canções de “D”, foi composta na praia, diante do mar de Alagoas. E a sua prole, filhos e netos, todos reunidos. A melodia nasceu em Djavan a partir de uma batida de ukulele que sua filha Sofia fazia na praia. Em pouco tempo a canção estava pronta, música e letra, simples, praiana, solar – “Tudo é possível/Como um dia de sol/É jogar o anzol/Esperar/Pra ver o que vem”. Djavan acha que é a canção mais popular do disco e lhe proporcionou um velho sonho: gravar com todos os filhos e netos músicos, dos mais velhos e já profissionais Flavia Virginia, João e Max Viana, aos filhos mais novos Sofia e Inácio (“que toca um violão igual a mim”, surpreende-se o pai) e os netos Thomas Boljover e Lui Viana”, escreve Sukman.
Ouça “D”, novo álbum do cantor Djavan: