O Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) apresentou nesta quarta-feira, 13, levantamentos que mostram um crescimento de 22,5% na distribuição de direitos autorais destinada a titulares de música, em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a junho de 2023, foram distribuídos R$ 624 milhões em direitos autorais a 231 mil compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos. A retomada de shows, festivais e eventos no Brasil foi um dos principais fatores que impulsionaram o mercado de execução pública da música no primeiro semestre desse ano.
O segmento de Shows e Eventos apresentou o maior crescimento na distribuição de direitos autorais neste primeiro semestre, com 368,6% de aumento, em comparação ao mesmo período de 2022. Esse dado comprova a volta efetiva do mercado de shows e eventos no país, após o fim da emergência sanitária global de Covid-19, anunciada este ano. Outros dois destaques do semestre foram os segmentos de Cinema (162,5%) e Usuários Gerais (23%), este último incluindo as distribuições de Sonorização Ambiental, Música ao Vivo e Casas de Festas e Diversão. Assim como na distribuição, a arrecadação de direitos autorais no segmento de Shows e Eventos também teve um crescimento expressivo. Neste primeiro semestre, foram licenciados no Brasil mais de 31 mil shows e eventos.
Diante do “boom” de shows, o Ecad traçou um planejamento para intensificar a sua campanha de conscientização sobre o pagamento de direitos autorais, convidando marcas patrocinadoras para participarem desse movimento no Brasil. Isso porque empresas que patrocinam festivais de música e investem em ativação de marca nem sempre estão cientes de que organizadores de eventos musicais e festivais precisam estar adimplentes com o pagamento dos direitos autorais. “Sabemos a importância dos festivais para as empresas patrocinadoras e, por isso, iniciamos uma campanha para que elas conheçam o nosso trabalho mais de perto e avaliem incluir, em seu checklist de ativação de marca junto aos organizadores de festivais, o compromisso deles com o pagamento dos direitos autorais. Afinal os compositores têm o direito de receber por suas criações”, disse a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim.
Nestes primeiros seis meses de 2023, o Ecad também finalizou o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade 2022, que mostra o seu objetivo de avançar em estratégias dessa agenda Ambiental, Social e de Governança (ESG) para assegurar um modelo de negócios sustentável e transparente, garantindo que todos aqueles que vivem da música e fazem dela o seu ofício tenham o direito de reconhecimento e de valorização do seu trabalho.