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Ícones da música se unem no “Estação Jazz”, em São Paulo

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O Teatro Opus  (Shopping Villa Lobos), em São Paulo, recebe no próximo dia 20 uma apresentação especial, reunido o músico Hamilton de Holanda e o cantor e músico João Bosco. O encontro de dois dos maiores nomes da música brasileira contemporânea encerra a diversificada programação cultural do projeto “Estação Jazz” no Teatro Opus.

No palco, os artistas celebram alguns de seus temas preferidos em novos e personalizados arranjos que integram o bandolim de Hamilton com o violão e a voz de João. “Nação” e “Coisa Feita”, entre outras composições de João Bosco, ganham renovados contornos ao lado de composições de Ary Barroso (“Isso é Brasil”), Dorival Caymmi (“Milagre” e “Vatapá”) e outros compositores históricos.

Colecionador de prêmios e reconhecido internacionalmente (nos Estados Unidos, é chamado de “Jimmy Hendrix do bandolim”), Hamilton de Holanda carrega na bagagem a fusão do incentivo familiar com o Bacharelado em Composição pela Universidade de Brasília e a prática das rodas de choro e samba. Essa identidade o permite transitar com tranquilidade pelas mais diferentes formações (solo, duo, trio, quarteto, quinteto, orquestra), consolidando, assim, uma maneira de expor ideias musicais e impressões sobre a vida com “o coração na ponta dos dedos.”

Hamilton é um músico de estilo único. Passeia por diversos gêneros tendo o bandolim como aglutinador de ideias. O choro é sua primeira referência, seu primeiro repertório era composto por músicas de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Ernesto Nazareth, entre outros. A atmosfera sem raízes na Brasília onde cresceu o fez se apropriar das mais diferentes tradições culturais com muito samba, frevo, bossa nova, entre outros…

Por sua vez, João Bosco começou a tocar violão aos doze anos, incentivado pela família de músicos. Suas primeiras influências foram Ângela Maria, Cauby Peixoto, Elvis Presley e Little Richard. Em 1967, conheceu Vinícius de Moraes, com o qual compôs “Rosa-dos-Ventos”, “Samba do Pouso” e “O Mergulhador”, entre outras. Em 1970, se uniu a Aldir Blanc, aquele que viria a ser o mais frequente parceiro, com quem compôs mais de uma centena de canções – “O Mestre Sala dos Mares”, “O Bêbado e o Equilibrista”, “Bala Com Bala”, “Kid Cavaquinho”, “Caça à Raposa”, “Falso Brilhante”, “O Rancho da Goiabada”, “Fantasia’, “Bodas de Prata” e “Ronco da Cuíca”, entre outras.

Depois de conhecer Blanc, vieram novos parceiros e diferentes bordados: Capinam (“Papel Marché”), Antonio Cícero e Waly Salomão (“Saída de Emergência”, “Zona de Fronteira”, “Memória da Pele”), Abel Silva (“Quando o Amor Acontece”, “Desenho de Giz”), Francisco Bosco, seu filho (“Benzetacil”, “Arpoador”, “As Mil e Uma Aldeias”, “Eu Não Sei Seu Nome Inteiro” e tantas outras).

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