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Mercado fonográfico brasileiro cresce e fatura R$ 2,5 bi em 2022

pro musica 2022

Em 2022, o mercado fonográfico arrecadou R$ 2,526 bilhões (U$ 489 milhões), com crescimento de 15,4% em relação ao ano anterior. Os números aparecem no relatório anual da Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil. Com esse resultado — positivo, pelo sexto ano consecutivo –, o Brasil subiu duas posições no ranking geral da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) e agora ocupa o 9º lugar em nível mundial.

O crescimento do mercado brasileiro está acima da média mundial, segundo o relatório da IFPI, apresentado nesta segunda, 20. O levantamento internacional aponta que a indústria mercado global de música gravada cresceu 9,0% em 2022, impulsionado pelo crescimento do streaming por assinatura paga. Os números divulgados pelo Relatório Global de Música da IFPI mostram que as receitas comerciais totais para 2022 foram de U$ 26,2 bilhões. As receitas de streaming de áudio por assinatura no mundo aumentaram 10,3%, para U$ 12,7 bilhões, através de 589 milhões de usuários de contas de assinatura pagas, ao final de 2022. O streaming total (incluindo assinatura paga e suporte de publicidade) cresceu 11,5%, atingindo US$ 17,5 bilhões, ou 67,0% do total das receitas globais de música gravada. O relatório completo do IFPI está disponível no site da entidade.

O levantamento da Pro-Música aponta que, no Brasil, as vendas digitais e físicas cresceram 15,4% no país, totalizando R$ 2,2 bilhões em 2022. As receitas de execução pública para produtores, artistas e músicos somaram R$ 323 milhões, um aumento de 15,3% em relação a 2021. No total, o mercado fonográfico brasileiro atingiu R$ 2,5 bilhões, quase dobrando o seu faturamento nos últimos quatro anos (2019 a 2022).

O relatório traz ainda o ranking das 200 músicas mais tocadas nas plataformas de streaming no Brasil em 2022. Confira o top 10 abaixo e acesse o site da Pró-Música para a pesquisa e a lista completa.

FAIXA ARTISTA
1 Mal Feito (Ao Vivo) Hugo e Guilherme, Marília Mendonça
2 Malvadão 3 Xamã, Gustah e Neo Beats
3 Vai Lá Em Casa Hoje (feat. Marília Mendonça) George Henrique e Rodrigo
4 Bloqueado (Ao Vivo) Gusttavo Lima
5 Molhando o Volante Jorge e Mateus
6 Termina Comigo Antes Gusttavo Lima
7 Malvada Zé Felipe
8 Balanço da Rede Matheus Fernandes e Xand Avião
9 A Maior Saudade (Ao Vivo) Henrique e Juliano
10 Sentadona S2 Davi Kneip, Mc Frog, Dj Gabriel do Borel & Luísa Sonza
hugo e guilherme e marilia

Faixa de Hugo e Guilherme com Marilia Mendonça foi a mais tocada no streaming

De acordo com o relatório, o streaming foi a principal responsável pelo crescimento do mercado, com as receitas subindo 15,4% e atingindo R$ 2,2 bilhões. As plataformas de streaming “on demand” continuam sendo a principal fonte de receita para a indústria fonográfica brasileira, representando 86,2% do total das receitas em 2022.

As receitas com assinaturas em plataformas digitais alcançaram R$ 1,343 milhões, com crescimento de 21,6% em relação a 2021. O faturamento gerado por streaming remunerado por publicidade foi de R$ 447 milhões, com variação positiva de 35,2% em relação ao verificado em 2021. Já os vídeos musicais em streaming com interatividade, e remunerados exclusivamente por publicidade, geraram recursos de R$ 386,6 milhões em 2022.

As receitas de vendas físicas representaram apenas 0,5% do total das receitas da indústria fonográfica brasileira, com faturamento de R$ 11,8 milhões. No físico, os CDs foram o formato mais comercializado em 2022, com faturamento de R$ 6,7 milhões, seguido pelas vendas de discos de Vinil, com R$ 4,7 milhões, e DVDs com vendas de R$ 0,4 milhão.

Segundo Paulo Rosa, Presidente da Pro-Música Brasil, “as estatísticas do mercado de música gravada no ano de 2022, primeiro período após a pandemia de 20/21, continuam a mostrar a consolidação do streaming como formato amplamente dominante na distribuição de música em áudio e/ou vídeo no Brasil. São 6 anos consecutivos de crescimento no mercado brasileiro, com taxas sempre acima da média mundial do setor. Este crescimento, melhor dizendo, recuperação, é determinado pelo desenvolvimento do streaming como principal modelo de negócio do setor fonográfico atual. Crescem consistentemente tanto as receitas decorrentes de subscrições às plataformas, como também aquelas geradas por publicidade. Igualmente determinante para este crescimento foi a retomada no nível de reinvestimento das empresas fonográficas em novos talentos artísticos, marketing, promoção de artistas e catálogos de gravações musicais”.

paulo rosa pró musica

De acordo com o executivo “o modelo atual do streaming favorece o surgimento de uma diversidade enorme de artistas dos mais variados gêneros musicais, e seu acesso instantâneo às redes de distribuição, através de variados modelos de negócio, por meio de produtores fonográficos com atuação internacional ou apenas local, agregadores, distribuidores e todo um ecossistema que, de fato, serve primordialmente para que a música gravada chegue a cada vez mais consumidores no mundo inteiro.”

Confira o relatório na  íntegra no site da Pro-Música.

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