Batizado de “Matriz”, o quinto disco de estúdio da roqueira Pitty chegará às lojas em abril. Composto e gravado durante a primeira parte da turnê homônima, o álbum foi concebido a partir dessa ideia de revisitar as origens da cantora e compositora, chegando na matriz sonora e percebendo como isso se comporta nos dias de hoje. “É uma espécie de retorno de um auto-exílio estético e cultural, e isso só é possível hoje por vários motivos. A passagem do tempo, que nos distancia do superficial e nos aproxima da essência, e essa nova cena que renovou o fluxo criativo da minha terra (Salvador), fazendo com que artistas diferentes possam existir ali. Entre outras coisas mais subjetivas”, filosofa Pitty.
Ousado, “Matriz” tem o intuito, ainda segunda a cantora, de mostrar que por meio do rock ela consegue simultaneamente dialogar com novas influências e resgatar toda sua trajetória. O projeto foi gravado em estúdios de três cidades: Rio, São Paulo e Salvador. Uma das participações especiais é de Lazzo Matumbi, artista importante da capital baiana. “Lazzo é uma parte fundamental dessa ‘pedra ancestral’ sobre a qual foi construída toda uma cultura. Apesar de termos sons e carreiras diferentes, nossa essência é parecida. Ele é o lado B da Bahia, do qual eu sempre fiz parte e que me interessa mostrar. Da mesma forma outros artistas que também participam do disco me remetem à essa baianidade visceral, que sempre foi a minha onda e que expresso através do rock, que é a essência da música que faço. É como se eu encontrasse meus pares nessa caminhada de volta pra casa”, finaliza.
Pitty também anunciou nesta semana que a turnê “Matriz” terá novidades em 2019. Ela levará para algumas praças o projeto Palco Aberto, onde convidará novos artistas para abrir seus shows. A ação será feita em parceria com a TNT Energy Drink.
Foto: Murilo Amâncio